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Mostrando postagens de novembro, 2016

A Chape vai se reerguer

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A perda foi irreparável. Acho que todos estão sentindo com se tivessem perdido um irmão, um amigo, um ente querido. Mas assim como nas perdas familiares, todos devem, na medida do possível, tentar voltar à vida normal. É um processo até natural em qualquer situação de luto. A Chapecoense se reerguerá, tenho certeza disso. Existem pessoas dentro do clube com capacidade, que podem trazer outros profissionais competentes. Uma das heranças deixadas por Sandro Pallaoro foi um clube sanado, com dinheiro em caixa, e com estrutura suficiente para ser bem tocado. O clube perdeu a sua estrutura do futebol, aquela que colocou o time onde está hoje. Mas um saiu da Chape, passou por momento difícil e penso ser o momento ideal para a sua volta. João Carlos Maringá seria uma pessoa importante para essa retomada. Para quem não sabe, ele perdeu a esposa há alguns dias, vítima de câncer. Pode ser a oportunidade ideal para ambos retomarem a caminhada da vida. É louvável a atitude dos outros clube

Nas alegrias e nas horas mais difíceis

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O ano era 1999. Estava no início de carreira no rádio. Tudo era novo. A emissora botou eu e o Xirú, meu parceiro de tantos quilômetros, num carro alugado as 5 da manhã pra fazer um bate e volta pra Chapecó. Hoje não tenho mais saco pra isso, mas naquela época eu tava amando. Após a parada pro almoço no Barriga Verde (uma tradição), fui conhecer o famoso Estádio Regional Índio Condá, bem diferente do que ele é hoje. Ao entrar no campo, conheci o Picolé. Me saudou com um "e aí guri, tu és de Brusque? Vieram pra tomar quanto da Chape?". Dei risada. Vi naquele jogo um cenário bem diferente do que é hoje. A partida foi morna. No intervalo, fizeram um amistoso Gre-Nal da criançada. Deu briga na arquibancada. Quem diria que uma década e pouco depois, esse cenário seria bem diferente. No mesmo ano, Jogos Abertos em Chapecó. A rádio me mandou de ônibus pra lá. A Central de Imprensa era no piso superior da rodoviária. Lá tava o Picolé de novo. Junto, o professor Tadeu Costa. Criava

O rebaixamento do JEC virou realidade. Dolorido, mas merecido

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Quando um time entra na última rodada dependendo de alguém pra não cair é sinal que muita coisa foi feita de forma errada e que há apenas um fio de esperança em uma situação muito grave. O rebaixamento do Joinville segue a regra: o time venceu o Vila Nova, mas o Náutico não teve time e tranquilidade pra ganhar do Oeste, que entrou com muito mais vontade no primeiro tempo, abriu 2 a 0, e provocou pânico em Pernambuco. Tivesse feito um dos pênaltis contra o Bragantino, ou não amarelado contra o Goiás, ou marcado em algum outro jogo que deixou escapar os pontos de forma boba, isso não aconteceria. Mas é bom olhar o que foi esse ano do JEC. Mesmo quando foi vice-campeão estadual, havia um certo alerta de que o time precisava ser qualifiicado. Aí começou um processo muito criticado. Julio Rondinelli ganhou carta branca do presidente Jony Stassum para trazer um caminhão de jogadores de qualidade duvidosa. Os resultados não vieram, E foi chegando gente. Trocaram de técnico, e mais gente

Sofrimento "Copero" que leva a Chape à final da Sulamericana

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Conmebol A Chape chegou lá. Não fez o seu melhor jogo no ano. Mas chegou. Chegou a uma decisão de Copa Sulamericana que surpreende a muitos, mas não àqueles que conhecem o trabalho sério do clube e, principalmente, o que esse time tem rendido nessa temporada. Contra um time argentino, a Chape teve que sentir na pele aquela expressão "Copero". Pegou um San Lorenzo que não tem toda aquela qualidade, mas provocou e apertou muito, principalmente no início do segundo tempo, quando Caio Junior pôs o time a esperar o adversário de maneira perigosa. Tomou pressão forte. A situação melhorou um pouco com a saída de Tiaguinho, nome importante contra o São Paulo que não apareceu com o mesmo brilho contra o outro santo argentino. A entrada de Lucas Gomes, num primeiro momento, e de Bruno Rangel mais a frente surtiu efeito, permitindo contra-ataques perigosos. Pesou o nervosismo e eles não foram aproveitados. E Danilo apareceu mais uma vez para um milagre, coisa da Igreja de

Avaí na Série A: um acesso que vale livro com muitos personagens

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Ah sim, esse acesso vale livro. Ou um documentário. No mínimo uma reportagem bem extensa. Vamos voltar um pouco no tempo? A contratação do "estagiário" Marcelo Gonçalves. A renúncia de Nilton Macedo Machado. A campanha vergonhosa no Estadual. Atraso de salários. Protestos fortes. Era uma temporada que dava medo. Com 23 pontos, o Avaí terminava o primeiro turno na 15a. colocação, com oito derrotas em 19 jogos. Atrás até do Oeste de Itápolis. 16 pontos atrás do Vasco. Levante a mão quem (realmente) acreditava que o time chegaria à última rodada em segundo, com o acesso garantido. Aconteceu, em um jogo casca grossa. O Leão pegou um bom time do Londrina, que teve seu segundo melhor público na Série B e que ficou perto do acesso. Jogo nervoso que foi vencido com a estrela de Diego Jardel, que em determinado chegou a ser afastado do elenco, lembra?  A reviravolta histórica, talvez única, tem muitos personagens. Vai desde o goleiro Renan, o melhor do Estado (que veio depois

A trágica semana do JEC. Rebaixamento é iminente

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Jornal O Popular A semana mais tensa dos últimos tempos em Joinville (se não foi a pior em 40 anos de história) terminou hoje com a pior das notícias: o Oeste de Itápolis, sem vencer há 15 partidas, arrancou um empate aos 52 do segundo tempo em Pelotas, abrindo quatro pontos de distância para o tricolor e praticamente selando sua permanência na Série B. Pra quem empatou com o Bragantino perdendo dois pênaltis e perdeu para o Goiás após estar vencendo por 2 a 0, isso é castigo divino. O torcedor joinvilense sofre, mas tem na cabeça que, se o time cair, vai ser merecido. O campeonato abriu várias portas, deu inúmeras chances escancaradas para o time sair dessa, mas o JEC não aproveitou, esbanjando incompetência. Não há desculpa pelo resultado em Goiânia. O time vinha se comportando bem até a expulsão imbecil de Reginaldo. Depois disso, apareceu outro problema sério, que está fora do campo. Não tenho nada contra a pessoa de Ramon Menezes, que foi um brilhante jogador. Mas o club

Avaí na porta do elevador, com o brilho de Marquinhos

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Alceu Atherino /Avaí FC O Avaí venceu a decisão contra o Náutico jogando da forma que o manual manda: indo pra cima, buscando a iniciativa e mostrando quem é que manda. No comando da nave estava um Marquinhos inspirado e descansado, depois de uma folga do jogo em Barueri que se mostrou muito útil. Desequilibrou e não deu brecha pro adversário reagir. O Náutico pode até reclamar de arbitragem, mas nada fez para reverter o cenário altamente desfavorável. O Leão abre cinco pontos do quinto lugar e pode confirmar o acesso semana que vem, em Londrina. Em um jogo "casca-grossa" como esse, era determinante que um diferencial aparecesse. Apareceu. Agora é o foco para o jogo do acesso. Até um empate pode ser negócio, dependendo do Bahia e do próprio Náutico. Mas o time tem a tranquilidade de jogar no Paraná sabendo que terá, dentro de casa, a chance de carimbar de vez um acesso altamente provável. E o melhor de tudo: jogando bem, melhor que Vasco, Bahia... talvez abaixo apenas

O drama das rodadas finais para o Joinville

Que jogo foi esse... Precisando vencer, o Joinville sai atrás no placar contra o Bragantino, consegue o empate e desperdiça dois pênaltis que lhe dariam a vitória... É uma luta complicada, e os dois penais perdidos soam como dois golpes bem encaixados pelo adversário. O torcedor foi pra casa atordoado, depois de ganhar um fio de esperança após a vitória sobre o lanterna Sampaio no Maranhão. Claro que no futebol o "se" não joga, mas eu não deixaria Jael bater o segundo pênalti, principalmente pelo fato dele ter desperdiçado a primeira cobrança com total displicência, batendo fraco no meio do gol. Pouco tempo depois, bateu de lado de pé no canto, facilitando para o goleiro. Mostrou falta de preparo psicológico. E nada mais restou ao treinador do que apoiá-lo com meia força na entrevista. Nada está perdido mas o horizonte vai se fechando. A briga com Oeste e Bragantino por uma vaga fora do Z4 terá mais três capítulos, incluindo o encontro direto entre JEC e Oeste na semana

Tapetão na Segundona: Juventus denunciará Barroso no TJD

O tapetão será acionado para decidir o acesso no campeonato catarinense da Série B. O Juventus de Jaraguá do Sul, terceiro colocado do campeonato, ingressará com uma notícia de infração contra o Almirante Barroso, líder do campeonato e que conquistou o acesso à elite no campo. A alegação é que o clube de Itajaí, que é o nome fantasia do Navegantes Esporte Clube, o dono original do CNPJ, que mais tarde tornou-se Sport Club Litoral (que subiu da Série C), carrega uma suspensão da Federação Catarinense de Futebol ainda vigente. De acordo com a acusação, seriam 11 infrações praticadas pelo Barroso. O clube de Jaraguá contratou um escritório de advocacia de Joinville, que traz uma longa sustentação. Segundo a peça, o Navegantes (um dos clubes mais problemáticos dos últimos tempos, que pertencia na época ao folclórico Egon da Rosa, ex-presidente e hoje persona non grata dentro do Marcílio Dias) está suspenso pela FCF e sequer poderia estar em campo no ano passado. O clube acabou vendido

Resultado fantástico na Argentina

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A Chapecoense foi grande mais uma vez e trouxe pra casa um resultado espetacular para carimbar a sua vaga na decisão da sul-americana.  Jogou bem, apresentando o cartão de visita desde o início, sem medo de um adversário tradicional. Teve um momento de instabilidade, mas conseguiu se acertar a tempo. Danilo fechou o gol na hora do desespero deles. Deu certo. Ao contrário de muito time grande do Brasil que se encolhe jogando na Argentina, a Chape iniciou a partida buscando ocupar todo o campo e mostrando ao San Lorenzo que não seria uma partida de meia linha. O time vinha rendendo bem até o gol de Cauteruccio, em uma falha de cobertura que faz qualquer um sentir o golpe. Veio o intervalo e os nervos voltaram ao lugar. O gol de Ananias foi um prêmio pra quem enfrentou com coragem um adversário grande e mostrou que não temerá ninguém para levar esse título. Que venha a volta, com estádio lotado. Até lá, a Chape já estará relaxada no Brasileirão e poderá centrar forças no sonho da