Postagens

Mostrando postagens de abril, 2018

O Bê-a-bá da eleição da FCF

Imagem
O ex-presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim de Pádua Peixoto, falecido na tragédia da Colômbia, era um político nato. Sabia como juntar todos do seu lado e não dar chance para seus opositores o ameaçarem na disputa pelo comando da cadeira forte do futebol de Santa Catarina. Sua última eleição foi por aclamação. Amarrou um estatuto que lhe dá o campo, a bola e o juiz a seu favor. Sabia agradar. Há um bom tempo, entrevistei um ex-presidente da Liga Desportiva Brusquense (hoje extinta) que me afirmou que ganhava bolas e diárias no Hotel Marambaia nos dias de eleição. Não havia nada ilegal nisso, apesar de questionarmos a moralidade. Resumindo: um presidente da FCF só sai do cargo se quiser ou se for muito desastrado na parte política. O caso envolvendo a eleição marcada para segunda-feira é muito interessante. Se você não está entendendo o que acontece, vou tentar explicar da forma mais sucinta e didática. Primeira situação interessante: a eleição na FCF não tem data,

Figueirense cala a Arena Condá, com a cabeça no lugar e nas mãos de Denis

Imagem
Toda e qualquer final em jogo único tem ingredientes próprios que vão além da disputa ter metade do tempo do usual. Toda a caminhada de 18 partidas se resume em 90 minutos. Uma bobeada, um chute desviado, uma falta maldosa ou até mesmo a falta de cabeça podem ser fatais. No caso da Chapecoense, o psicológico pesou. O Figueirense entrou em campo com a cabeça no lugar, sabedor da responsabilidade do outro lado, e foi melhor, pelo menos, nos 35 minutos iniciais. Lá, o jogo já estava 1 a 0, com o Figueira tocando bem a bola e controlando a partida. Como era de se esperar, o desespero virou abafa, e a receita era segurar. Embaixo da trave estava Dênis, que deu conta do recado e até contou com estrela, na falta de Canteros que explodiu na trave. Com o contra-ataque exposto, abriu-se o caminho para Maikon Leite, colocado por Milton Cruz na reta final do jogo exatamente para isso, tocasse na saída de Jandrei para sacramentar o título. A Chape foi para a final com números fortes: eram treze

Os micos do Campeonato Catarinense 2018

Imagem
Chegou a hora de uma tradição do Blog.  Na véspera da decisão, o BdR divulga a sua lista dos micos do Catarinense 2018. Tem de tudo, de troféu feio, caça corneta e até carro maca empurrado. Esse foi um ano repleto de ocorrências, e todo um trabalho meticuloso de seleção teve que ser realizado para escolher o top 10. Vamos á lista! 10 - Cobertura da NSCTV - Depois de conseguir comprar o campeonato pela pechincha de R$ 5,3 milhões, 40% a menos do que o ano anterior, ficou a curiosidade sobre a qualidade da cobertura da afiliada da Globo sob nova direção no Estadual. O resultado foi bem decepcionante. Transmissões sem graça com narrador e comentarista trancados no estúdio (até em jogos em Florianópolis) e, por consequência, sem atratividade. Pelo menos em três transmissões que acompanhei, a empolgação da equipe, em um som baixinho de ambiente, deram sono. A estratégia foi tão ruim que, na confusão de Figueirense x Avaí, Cleiton César não conseguia informar direito o que estava acon

Não é só a Fórmula: o Campeonato Catarinense precisa de muito mais

Imagem
Neste sábado, na abertura da última rodada do campeonato catarinense, oitenta e poucas testemunhas estiveram no Estádio Municipal de Concórdia para assistir o time da casa contra o Figueirense, jogo que não valia absolutamente nada. Recorde negativo e histórico da primeira divisão. Não dá pra colocar só a culpa na fórmula, apesar dela ser um fator importantíssimo, sendo aprovada pelos clubes com o aviso de muitos que iria dar problemas com interesse nas últimas rodadas. A média vai despencando, e vai dar uma segurada com os 20 mil previstos para o jogo único da decisão. É até engraçado: ninguém quer ser o pai da criança de uma fórmula mal feita e o diretor jurídico da FCF, que é remanescente da antiga gestão, já busca um jeito de agir, dentro da lei, para mudar o regulamento do ano que vem. O caso de Concórdia meio se explica por outros fatores: a cidade historicamente prefere futsal a futebol (em algumas cidades do Oeste isso é muito forte. Joaçaba, por exemplo, que é um pólo re