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Mostrando postagens de fevereiro, 2017

Sim, é possível

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O novo regulamento da Copa do Brasil criou uma verdadeira arapuca para times grandes. Não há mais a chance do jogo de volta para recuperação, tampouco a brecha para se poupar time. No ano de estreia, já tivemos times de maior expressão eliminados no início. De certa forma, essa nova dinâmica permite aos clubes menores uma possibilidade real de crime. E é isso que o Brusque persegue. Surpreender. E isso é possível. Vieram propostas, mas a pressão da comunidade pesou. Não havia saída para a diretoria, que teve que manter o jogo aqui, mesmo com público reduzido. Essa é a chave do jogo. Uma partida só, no Augusto Bauer e sua grama de jardim (que, diga-se de passagem, nunca esteve tão boa), com o empate levando a decisão para os pênaltis. Vamos falar do jogo. Existe uma frase já dita muitas vezes no futebol de que "futebol é momento". E, vamos combinar, o momento do Brusque é muito bom. Vice-líder do Estadual, com quatro vitórias em cinco partidas, o time de Pingo colhe bons

Top sem bola

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É complicado escolher uma seleção de campeonato. Cada um tem a sua. Fórmulas, existem várias. Até aí, sem problema. Mas a partir do momento que uma Federação toma uma eleição como a sua "oficial", que é entregue com toda a pompa em um evento um dia após a decisão, a história muda um pouco. Há alguns anos, o renomado instituto Mapa realiza o chamado "Top da Bola", a escolha dos melhores do catarinense. Como muita gente indignada já perguntou como funciona, eu explico: Teoricamente, todos os radialistas que transmitem os jogos deveriam votar nos jogos que trabalharam. Um exemplo: vamos supor que trabalhei em um Brusque x Joinville. Preciso fazer uma "seleção" desse jogo, escolhendo o melhor goleiro do jogo, dois laterais, dois zagueiros, etc. e dar uma nota para eles. Depois, eles juntam essas notas (o critério nunca ficou claro) e divulgam a seleção da rodada. Eu sei de caso que radialistas de uma cidade combinaram de todos darem 10 para determinado jog

Bruscão x Timão, o jogo que mexe com a cultura da região

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Acho que era ano 2000, por aí. Eu fui a Chapecó transmitir um Brusque x Chapecoense do Estadual. O primeiro tempo foi horrível, tinha torcedor dormindo. No intervalo, aconteceu um Gre-Nal de crianças. Deu briga na arquibancada. Em outro ida ao Oeste, fui fazer um lanche lá no Bar do Boca. De repente, passam colorados puxando gremistas em uma carroça em plena Avenida Getúlio Vargas. Isso faz parte do passado por lá. A Chape é a dona da cidade. Aqui em Brusque isso ainda é muito presente. O jogo Brusque x Corinthians mexe muito com o espírito do segundo time, ou "misto", como torcedores de cidades com futebol estabilizado, como Criciúma, Joinville e Floripa, falam. Isso tem explicação. Eu passei por isso. Camisa de torcedor para o jogo (foto: Facebook) A região do Vale foi "catequizada" por emissoras de rádio de fora, que entravam no AM com som local no período da noite. Além do mais, por causa do relevo, cerca de duas em cada três residências tem antena p

Avaí campeão invicto do turno, com algo a mais que os outros

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Leandro Romano / Avaí FC O Avaí confirmou o título do primeiro turno do estadual no segundo match-point que teve a disposição mostrando que nem o gramado sintético de Itajaí é capaz de segurá-lo. Mostrou sua qualidade muito superior e não deu chance ao Barroso, que aposta em sua casa para se segurar na primeira divisão. Não deu. O Leão vai à final do campeonato com uma condição bastante interessante para levar o título sem final. Isso não quer dizer uma garantia. Hoje, o time mostra uma organização bem maior que os oponentes, que não conseguem estabelecer uma sequência. Se não vejamos: o Figueirense deu um aperto no clássico mas voltou a ser a mesma bagunça contra o Tubarão. A Chapecoense cresce, mas ainda não consegue se estabelecer. Pesa ainda a Libertadores, que começará em breve e, obviamente, será priorizada. O Criciúma era o time mais próximo disso, mas quem falha do jeito que falhou contra o Metropolitano precisa ser olhado com ressalvas. Dos pequenos há o Brusque, que ven

Sob forte calor, Avaí encaminha o turno

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Jamira Furlani / Avaí FC Sob um calor infernal (e vamos ser sinceros, perigoso), Avaí e Brusque fizeram um jogo que não tinha como ser acelerado diante das condições. Pela importância, deveria ter mais gente. Se fosse no horário previamente marcado, era pra mais de 10 mil. Que jogassem mais tarde ou até segunda... mas enfim, aconteceu. Vamos falar do jogo. O Leão foi muito mais eficiente e fez por merecer vencer a partida. O Brusque, completamente entregue, errrando um sem número de passes e dando apenas um chute a gol, foi presa fácil. No primeiro tempo, o time da casa se impôs e, mesmo desfalcado, mostrou que tem o padrão muito bem assimilado pelo grupo e peças de reposição no banco capazes de manter a força. O ritmo for forte, mesmo com o calor. No segundo tempo, o Brusque até conseguiu o empate, mas sobrava qualidade ao Avaí que, além de vencer o jogo, também carimbou a trave de Rodolpho mais de uma vez. Uma vitória que amplia ainda mais a frente do time, que pode confirmar

Noite de classificação. O Corinthians vem aí

A torcida esperou com muita ansiedade esse Brusque x Remo. E até parece que isso transpareceu para o time. O resultado foi um jogo de muita emoção, onde todos que estavam no estádio pareciam “pilhados”. Notei que o time não parecia o mesmo. Se fosse basquete ou futsal, daria pra pedir um tempo pra respirar. Saiu o primeiro gol, jogo indo em ritmo bom. Veio o empate, numa pedrada de fora da área. Chegou o pênalti. Assis perdeu e mandou a tensão lá pra cima. O intervalo foi decisivo. O time conseguiu colocar a cabeça no lugar e o jogo começou a se desenvolver melhor. Prêmio disso foi o gol de Ricardo Lobo, em um cruzamento pela esquerda. A partir daí o Remo foi pro desespero e a partida ficou extremamente perigosa, com contra-ataque escancarado e um show de bolas aéreas. A calma que tanto atrapalhou o time no primeiro tempo reapareceu para que um mísero desses contra-ataques encaixasse para matar o confronto. Mas não, teve que ter emoção. Bola na trave deles, um susto a cada bola le

Fatores sintéticos

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Assessoria CNAB A vitória impressionante do Almirante Barroso sobre o Figueirense ontem não só aumenta a crise no alvinegro, que vê os planos de conquista do turno irem embora e a pressão sobre o técnico Marquinhos Santos ficar praticamente insustentável. Chama a atenção para o fato que levou o clube de Itajaí para o acesso e que será preponderante caso o time queira se sustentar na elite: o campo, onde tanto o Figueira quanto o JEC (que quase venceu o jogo) mostraram dificuldades. O segundo tempo foi um banho de bola, onde o Figueirense só levava perigo na bola aérea e, no resto, mostrava uma gigante desorganização. Concordo com a opinião de que a passagem de Marquinhos Santos no clube não deu certo. Ele não acertou a mão, e tudo indica que não vai conseguir. Veio prestigiado, trouxe vários jogadores que ele indicou, mas o futebol não rende. Vamos para a quinta rodada do turno e o time não reagiu. Pela frente há uma "pré-temporada" para a segunda fase, já que nesta o A

Lição bem feita: Criciúma atropela o Brusque sem dó

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Fernando Ribeiro / Criciúma EC A torcida encheu o Augusto Bauer para ver aquele Brusque que chamou a atenção de todos contra o Figueirense. Em Florianópolis, o Bruscão foi organizado e extremamente focado para conseguir a vitória. No primeiro jogo em casa, aconteceu o contrário. O time escapou de tomar uma goleada no primeiro tempo e acabou completamente envolvido pelo Criciúma, cujo treinador soube ler com excelência todas as deficiências do adversário para construir uma vitória tranquila e incontestável, que poderia ser bem maior, tamanha a superioridade. No último final de semana, o fato que chamou a atenção foi que o Brusque, sem ter marcado nenhum gol nos jogos de preparação, fez dois gols contra o Figueirense, mesmo mostrando os mesmos problemas que tem indignado Mauro Ovelha. O setor de ataque precisa de muitos ajustes. Tanto é que a diretoria teve que correr atrás de dois na semana passada para tentar resolver o problema. O setor de armação mostra dificuldades para trab

Show de horrores em Joinville

Enquanto a Chapecoense, com seu time praticamente novo, vai colocando a bola no chão e trabalhando bem para conquistar duas vitórias na arrancada do Estadual, Joinville e Figueirense protagonizaram um desserviço ao bom futebol numa noite chuvosa perante a pouco mais de 2 mil herois na Arena e outros milhares que aguentaram assistir ao jogo na TV. Coisa feia. Ambos não convenceram nas duas rodadas, e dão toda razão para o início da corneta da torcida, que exige uma reação de ambos depois da última temporada. Falta muita coisa: o Figueira era amontoado em campo, mal distribuído, com dificuldades para construir jogadas. Já o JEC até parecia um pouco mais organizado, mas não tem qualidade de ataque. Vamos concordar: quando o clube trouxe o atacante Ciro, de algumas temporadas quase em branco, era sabido que a aposta era grande e com grande chance de dar errado. Bingo. Tem também Alex Ruan, meio que uma invenção do técnico, com a mesma fraqueza técnica. Por mais que ambos digam que o pl