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Mostrando postagens de junho, 2014

Mistura de sorte e preocupação. É o Brasil nas quartas, com sofrimento

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Jefferson Bernardes / VipComm O Brasil todo sofreu com o drama dos pênaltis. Julio César recbeeu energias dos quatro cantos do país para ajudar a seleção. Alguns dos seus companheiros não tiveram competência (ou sorte) necessárias para garantir o resultado. É nessas horas que o goleiro tem a chance de se consagrar em nível máximo. Ou nem ser lembrado se o time perder. Estou com um sentimento que nunca tive na vida: extrema felicidade com o resultado misturada com uma aterrorizante preocupação. O time não jogou nada. Perdeu a magia, o hino não assusta mais ninguém. O esquema "toca no 10 que ele resolve" está manjado, e a seleção não apresentou, de novo, um plano B. Neymar teve os espaços fechados, esteve apagado no jogo e o time não funcionou. Em uma fase eliminatória em que a exigência aumenta a cada fase, isso traz um risco enorme. Vamos ser sinceros: a única chance que o Brasil teria de bater o Chile, em situações normais, seria nos pênaltis. Não esqueçamos que Pi

A brincadeira acabou. Há um longo caminho pela frente, que pode ser mais tranquilo

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Jefferson Bernardes / Vipcomm A primeira fase da Copa terminou para o Brasil com as mesmas preocupações da rodada anterior, mas com indicativos bem claros: que teimosia não leva a nada, o time da Copa das Confederações não precisa ser seguido à risca, e que existem opções no banco que, se não resolvem os problemas, podem oferecer outras alternativas. O time venceu o lanterna do grupo, e a torcida comemorou. Mas a partir de agora os erros não podem mais aparecer, se não a Copa termina. Existem problemas grandes na seleção do meio pra frente, uma dependência gigante de Neymar e um sistema ofensivo com um centroavante plantado que ficou provado que não vem sendo o ideal. Felipão abandonou uma teimosia, e deu resultado. Fernandinho entrou, correu, marcou, apareceu pro jogo e fez gol. Não perde mais a posição. Recuperou um setor problemático. É um problema a menos, com outros para resolver. Neymar fez chover, marcou dois gols, e fez o que se espera dele. Mas, com Oscar apagado, o

Por uma América unida

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A Copa do Mundo chama a atenção pelos excelentes resultados da "bancada americana". Chile, Costa Rica, Estados Unidos e México se juntam aos tradicionais Brasil, Argentina e Uruguai como atrações a parte em algo que vai ser lembrado para sempre. Agora pense reunir essa turma numa competição. No tempo que o futebol da América Central inexistia, a Concacaf era algo insignificante. Hoje, a Liga Mexicana é muito forte, e a Major League Soccer cresce num ritmo sensacional. Tem estádio que recebe 30 mil torcedores em um jogo. Hoje, a América toda pulsa. Há anos, o México disputa a Libertadores, por causa de interesses de patrocinadores. Então porque não colocar times americanos no bolo? Enquanto isso, tem time sulamericano de baixa qualidade que não passa da primeira fase. A questão aqui é qualificar. Só que não dá pra esperar muito da gestão da Conmebol, que não se preocupa com segurança como devia e que faz coisas ridículas como convidar o Japão para a Copa América.

Sem medo de ser feliz, Uruguai mudou e venceu

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Um jogão no Itaquerão. Alternativas dos dois lados, erros e jogadas de todos os tipos. No balanço final da batalha entre Uruguai e Inglaterra, prevaleceu o time que tem a estrela de um atacante sensacional e a de um treinador que não hesitou em mudar o time depois de uma derrota para a Costa Rica que acaba derrubando qualquer tipo de motivação. Tabarez viu que estava ameaçado e conseguiu implantar mais movimentação no time uruguaio. Entraram Lodeiro, Gonzalez, Alvaro Pereira para dar mais apoio e Suárez na frente, com a sua excelente fase, no lugar de Forlán. Deu certo. A Copa traz dessas histórias: Suárez, até semanas atrás, passou por cirurgia e era dúvida para vir ao Brasil. No jogo em que o time mais precisava dele, uma atuação de gala. Sensacional. Um dos grandes jogos da Copa, se não o maior até agora, pelo equilíbrio, oportunidades, e pela história da recuperação de Luisito, de quase descartado a heroi. Uma partida de uma grande entrega do time uruguaio, que fez jus à sua tr

Mais difícil que chegar no topo é se manter nele. Caiu o campeão

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Eles ganharam quase tudo nos últimos anos, com dois títulos europeus e um mundial. Mais difícil do que chegar ao topo, é se manter nele. A Espanha esbarrou neste desafio e acabou caindo fora da Copa ainda no início. A derrota para o Chile foi justa. O time de Sampaoli tem um quadrado de ataque muito bom, que conseguiu encaixar o seu jogo e encurralar o time espanhol no seu campo de defesa, o que não expôs aquele que talvez seja o seu ponto mais fraco, a baixa estatura da zaga. Não quer dizer que a Espanha seja um time ruim. O problema é que todos aprenderam a jogar contra eles. Quem deu a letra foi o Brasil no ano passado, na final da Copa das Confederações. Sem apresentar algo novo (o grande erro de Del Bosque) e sem aquela motivação de um time que joga a Copa do Mundo, foram goleados pela Holanda e chegaram com a moral arrebentada para pegar um Chile empolgado e empurrado pela maioria do público no Maracanã. Dias melancólicos vem aí para os espanhois. Tem pela frente ainda

Sem ajuda da arbitragem, as feridas da seleção apareceram

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Jeferson Bernardes / VipComm O Brasil ficou em festa com a vitória sobre a Croácia, mesmo do jeito que ela aconteceu, com a ajuda do juiz japonês. Contra o México, o time não apresentou evolução alguma e Felipão acusou o golpe. Tentou repetir uma estratégia bem duvidosa, concordando mais uma vez que o time não funcionava no coletivo, e colocando Bernard tentando uma válvula de escape na jogada individual. Mexeu no meio-campo aos 38 minutos do segundo tempo, tirando o insosso Oscar para colocar Willian. Poderia ter tentado esse fato novo bem antes. Perdeu tempo. Houve uma mudança no time que poderia dar uma maior agilidade no time pelo meio. Não deu e, em alguns momentos, mudou para pior. Tá certo que Ochoa fez grandes defesas na partida, mas o volume de jogo e a organização tática em campo deixaram muito a desejar. É um recado que fica para a segunda fase. Felipão terá seis dias até a partida contra Camarões, teoricamente o pior time do grupo. É tempo mais do que suficiente p

No fim, os de sempre aparecem na frente

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O Brasil faz nesta terça o seu segundo jogo na Copa e ainda um grupo para estrear, o H, o da Bélgica, o time que pode ser a grande surpresa. E se for a grande surpresa, será a única, porque não apareceu ninguém que possa tirar a briga do grupo dos que já tem título mais a Holanda, que já bateu na trave na final mais de uma vez. Mais uma Copa em que a camisa vai pesar. Com um nível técnico bem legal, gols acontecendo em profusão e jogadores a fim de brigar pela bola. Tecnicamente, a Copa no Brasil está um espetáculo. E isso aumenta a dificuldade para o Brasil, que não vai poder ficar longe desse patamar, se não quiser correr risco de decepcionar a torcida que só aceita um resultado. E deu pra ver que principalmente Itália, Holanda e Alemanha não estão aí pra brincadeira.

A sexta-feira 13 da tamancada holandesa

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Damien Mayer / AFP / LanceNet Holanda das flores, dos diques... e dos seus tradicionais tamancos de madeira. Em campo, a esquadra laranja, que camuflada de azul, deu uma tamancada histórica na campeã Espanha que não será esquecida tão cedo. Ainda mais se tratando de um jogo de sexta-feira 13. A velha lógica dos torneios: um time que chega com moral de campeão mas que tropeçou nos seus erros. Teve 57% de posse de bola, mas tomou cinco gols, podendo tomar de mais. E a Holanda, que chegou ao Brasil meio desacreditada por não ter mais aquela mesma geração de 2010, acabou virando alvo das atenções. Ah, o futebol. Van Persie e Robben comandaram uma vitória maiúscula, que os espanhóis chamaram de "humilhação mundial". A Espanha tem time para se classificar, mas agora com o risco maior de acabar tendo que enfrentar o Brasil nas oitavas, em BH. Mas antes eles terão que passar pelo Chile, que tem nomes talentosos como Aránguiz, Vidal, Alexis e Valdívia, mas que passou problemas

Venceu, mas há muito pra consertar

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Jeferson Bernardes / VipComm O gol de bico marcado por Oscar no final do jogo de certa forma abafa o pênalti inexistente que o juiz japonês inventou, e que poderia dar aquela "pulga atrás da orelha" do time ter vencido com ajuda da arbitragem. Tipo do jogo em que permite duas versões. Mas vou olhar para o time do Brasil e o que ele tem que fazer lá na frente. Houve um terceiro gol, o Brasil venceu. Mas há muito para consertar. O time penou para jogar bola, mostrou nervosismo, dependeu de atuações individuais e teve muita dificuldade para lidar com a forte marcação. Que isso seja apenas um sintoma da estreia. Era visível o nervosismo do time brasileiro. E para complicar, um gol contra no começo do jogo que dói até em jogo amistoso, e que derruba o psicológico construído durante a semana. O time que se emocionou e vibrou na execução do hino não foi vibrante em campo. Sem o time funcionando no coletivo, teve que aparecer um chute rasteiro de Neymar, que poderia muito bem

Chegou o dia da festa

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A Copa foi mal organizada. Muitas obras não ficaram prontas. Muito dinheiro público foi usado. Tudo isso é verdade. Mas a bola vai rolar. E queira ou não, é Copa. A cada quatro anos, a maior competição do planeta. Aquele tipo de coisa que você lembra onde estava em momentos especiais. Hoje tem Brasil. O país vai parar, teremos uma hora do rush na rua lá pelas 3 e meia da tarde. Até gente que odeia o futebol e não sabe nem o que é linha de impedimento vai entrar na festa e dar uma de comentarista. A conversa e a cobrança sobre os erros na organização vai continuar, tem coisa pra ser explicada. Daqui a dois anos tem Olimpíada e mais discussão vem aí. Mas nosso espírito futebolístico não pode esquecer que é Copa. Tem jogadores loucos pela taça. E o Brasil está nela. Vamos torcer. A partir de hoje, a pátria de chuteiras está em campo. Esse título o Brasil não perde.

Sem aquele clima de Copa, ainda

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Hoje, saindo de casa pro trabalho, vi o primeiro carro que tinha uma bandeirinha do Brasil pendurada no teto. Faltando três dias para a Copa. Não sei se é sinal dos tempos, pode ser. Eu via bandeiras esticadas nos para-brisas, aquelas fitinhas nas antenas dos carros. Fazia coleção de tabelinhas. Sem contar ruas pintadas com bandeirinhas, entre outras coisas. A Copa começa depois de amanhã. A TV tenta "fazer o agito", mas a coisa não pegou. Talvez nas cidades-sede ou que vão receber alguma seleção. Copa é divertido demais. Jogo todo dia, em que aquela pelada de dois times abaixo dos 100 melhores se torna um jogão. Mas ainda não vi o espírito de Copa engrenar. Tem mais gente pensando em enforcar o trabalho no meio da tarde de quinta (mesmo aquela pessoa que diz pra você que odeia futebol) do que no evento em si.

Um jogo terrível, mas o JEC garantiu a vice-liderança

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Carlos Junior / Notícias do Dia Mesmo com a forte chuva em Joinville, não se esperava outra coisa se não uma vitória tranquila do JEC contra o lanterna do campeonato. E tudo conspirava a favor. O Vila Nova teve o zagueiro Vitor expulso no primeiro tempo quando o JEC vencia por 1 a 0. Era para passar por cima. Não aconteceu nada disso. Mesmo com um a menos, o Vila criou jogadas de risco, enquanto o time de Hemerson Maria errava tudo o que podia lá na frente. Menos mal que o time ganhou. Um a zero, três pontos na conta e a vice-liderança na parada da Copa. Pela frente, logo na primeira terça após a final do Mundial, tem o Ceará em Fortaleza, e na sequência o ABC, em Natal. O time vai ter novidades, como o novo zagueiro (pode ser Anderson Conceição, ex-Figueirense e Criciúma), Everton e Eduardo Ramos. É um novo campeonato para todo mundo, já que o intervalo é grande. O desafio de Hemerson Maria é fazer o time crescer de rendimento e acompanhar a turma que vai buscar

Para um primeiro teste, tá ótimo

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Vander Roberto / Vipcomm Em um primeiro amistoso de preparação como foi esse da seleção em Goiânia, há de se analisar se o time mostra uma boa movimentação, coisa de quem está treinando há apenas uma semana. Contra um adversário que chegou junto com jogadas fortes, dá pra dizer que o teste valeu. O time ainda tem muito o que se soltar até a estreia, e isso é normal. Sexta o time vai mostrar uma evolução, e na semana final tudo vai ser aprimorado. Como o time já carrega uma característica e motivação da Copa das Confederações do ano passado, não é bem uma montagem de time. É uma manutenção, com observações e possíveis mudanças. Penso que o jogo, que teve uma vitória tranquila brasileira, trouxe um único pensamento que pode ser tratado como novidade: não tem como desprezar o futebol que William anda jogando. Chegou à seleção em uma fase estupenda e apresentou o cartão de visitas que tem lugar nesse time. É melhor Oscar ficar atento. O time tem uma estrutura montada, mas não con

Figueirense contrata atacante argentino

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Em coletiva de imprensa na sede do Chacarita Juniors, o atacante Ramón Lentini, de 25 anos, confirmou que está chegando ao Figueirense. Revelado no Estudiantes, o argentino marcou 18 gols e foi artilheiro na Primera B Metropolitana, considerada a terceira divisão daquele país.  Veja a coletiva em que ele confirma sua ida para o Figueira:

Campeonato parou: um mês de crise para o Figueira e de reestruturação para Tigre e Chape

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Marco Santiago / Notícias do Dia Com o Campeonato Brasileiro oficialmente interrompido para a Copa, chega aquela hora que dá pra tentar arrumar a situação de quem não está bem na tabela. Dá tempo para trocar técnico, recuperar jogador e ir ao mercado. O problema é que, até lá, as posições não mudam.  Ou seja, o Figueirense vai para essa intertemporada mergulhado numa panela de pressão que vai demorar para terminar de cozinhar. Time ruim, treinador que não comanda, pior ataque e defesa do campeonato. As vaias do torcedor, muitos desesperados, refletem uma situação que não dá sinais de uma reviravolta. A derrota para o Atlético-PR foi mais um exemplo do time que não conseguiu se impor. O que acontece lá dentro ninguém de fora sabe, mas internamente é algo bem grave. O reflexo se vê no campo. O que pode acontecer: dizem que pode aparecer Gilmar Dal Pozzo. Ou seja, Guto Ferreira está trabalhando sabendo que sua cabeça já está rolando. O time precisa ganhar qualidade, mas nã

O cuidado com o oba-oba e a superexposição

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Alexandre Loureiro / VipComm Quem trabalha ou já trabalhou com coberturas de times de futebol sabe como é: as vezes tem o treino fechado, tem aqueles com uma pequena janela para as imagens e tem o treinamento aberto, onde geralmente não há muitos segredos para serem revelados. Hoje eu ligo a TV e dou de cara com a transmissão ao vivo de um treino coletivo. Com placar na tela e tudo. Fico aqui me perguntando se nas outras seleções, as emissoras tem tanto acesso assim aos treinos, com direito de até transmitir ao vivo o coletivo (dando todas as imagens possíveis aos adversários) e conversinha ao pé do ouvido para ouvir o técnico. Uma coisa é o oba-oba da torcida, o que é absolutamente normal, e os veículos de comunicação vão junto com suas campanhas e a dos patrocinadores. Se dentro do campo isso não se transformar em salto alto, ótimo. Agora, a superexposição dos treinamentos da seleção, com direito a coletivo transmitido ao vivo em todos os detalhes, preocupa bastante. Enqu