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Mostrando postagens de agosto, 2017

29/08 - Foi fazer o que lá?

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Dentro de sua extensa programação do ano, a Chapecoense está na Itália para um jogo contra a Roma no Estádio Olímpico, tendo também na agenda uma visita ao Vaticano para uma audiência com o Papa Francisco. A decisão do clube foi de mandar um time alternativo, de forma a concentrar esforços no processo de reorganização do time nesta importante pausa das datas Fifa, visando o restante do campeonato. Até aí, tudo bem. Acho que foi uma decisão acertada. Só que a pessoa que recebe salário para treinar o time e arrumar a casa (que ele não tem conseguido fazer) foi para a Europa acompanhar a delegação em um jogo que não vale nada. Tento entender porque Vinícius Eutrópio foi fazer turismo lá. São detalhes pequenos que podem acabar custando caro, ainda mais em um raro período sem jogos que poderia ser bem aproveitado. Eutrópio pouco acrescentou na Chape e, na minha opinião, nem era mais para estar no clube. Mas enquanto ele está e a diretoria não muda de ideia, precisa trabalhar com o time

Avaí teve melhor proposta de jogo e foi premiado

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O Avaí chega ao importante número de sete pontos conquistados no returno do Brasileirão ao vencer a Chapecoense em um jogo que não foi dos melhores, mas premiando aquele que teve a real intenção de propor o jogo. Joel marcou logo no começo da partida e forçou a Chape a se virar. Antes disso, Junior Dutra já teve duas chances para abrir o placar. O time do Oeste até teve disposição, mas não teve organização como tal. O time voltou a ser aquela bagunça de não muito tempo atrás, o maior motivo das críticas a Vinicius Eutrópio, que vai se sustentando no cargo. Melhor na defesa, o Avaí deu jeito de segurar o desespero crescente do adversário para garantir uma vitória importantíssima, que não tira o time do Z4, mas o deixa na porta, com a possibilidade de empurrar a Chape para dentro. Esses dias de data Fifa serão de importância máxima para todos os times. Em meio a um calendário puxado, é a oportunidade para todos se organizarem. O Avaí, em uma arrancada interessante, tem alguns ponto

22/08 - Não falar, agir

Até agora o marketing está grande. Já teve jornal fazendo matéria da nova gestão do Figueirense, a chegada de Fernandes teve impressão positiva junto à torcida e encontros foram feitos com organizadas e imprensa para passar detalhes do novo projeto. Mas em toda essa campanha, incomoda a forma com que o CEO da terceirização, o polêmico Alex Bourgeois, se manifesta em redes sociais. Mesmo com o time não apresentando novidade alguma e ainda jogando mal e penando no Z4 da Série B, tratou de fazer piadinha com o rival que está na Série A. Para completar, mostrou desconhecimento de regulamento ao tuitar do nada (não precisava fazer isso) comentando sobre a situação de Clayton em uma possível ida ao Avaí. Sou daqueles, e acho que muitos são, que acreditam que a melhor resposta a se dar é com vitórias e resultados de uma gestão vitoriosa. Até agora, o que foi feito dentro de campo não mudou muito. Ninguém chegou (OK, essa tarefa é complicada neste momento do ano), o novo técnico não consegui

21/08 - Vitória "divisora de águas"

A expressão não é minha, e sim dos jogadores da Chapecoense após a vitória sobre o Palmeiras. Na roda antes da subida para o gramado do Allianz Parque, o atacante Tulio de Melo falou para o grupo que, a partir dali, era hora de um esforço a mais. Esquecer os últimos dias e focar no returno do campeonato, onde a situação está longe de estar perdida. Antes disso, um encontro com o presidente Maninho serviu como um marco de passagem. Dentro de campo, se viu uma entrega maior do que outras partidas. Claro que o Palmeiras vive dias bem ruins, com uma crise enorme. A Chape soube se impor, abriu o placar, abriu a torneira do desespero do adversário e matou o jogo no final, instantes depois de uma bela defesa de Jandrei. O time volta pra casa fora da zona de rebaixamento, tendo pela frente um jogão em casa contra o líder Corinthians e o jogo contra o Avaí para tentar consolidar essa virada. Bom ressaltar que o time não virou bom do dia para a noite. Uma boa fase tem que ser confirmada com

18/8 - Aguardando providências

Passaram-se dois jogos do início da nova gestão "terceirizada" do Figueirense e nada de novo se viu. Pelo contrário, piorou: Bruno Alves foi embora, Milton Cruz não conseguiu arrumar a bagunça, e o time ainda está lá no Z4 da Série B. Sinto que houve uma ponta de decepção do torcedor. O novo grupo chegou, prometendo muito (não esquecerei de cobrar as idas para a Libertadores), e dando a entender que traria um caminhão de reforços. Não foi assim. Alex Bourgeois disse que agora tem subsídios para começar a trabalhar, o clube zerou as pendências salariais, e poderão vir algumas dispensas para enxugar o elenco. Não há muito tempo para paciência e nem boas opções no mercado, em vias de fechar a janela do exterior. Vejo que a primeira tentativa é arrumar o time com o que há a disposição. Se não der certo mesmo assim, o mercado é plano B. Mas penso: onde encontrar atletas de qualidade neste momento? a temporada europeia está começando e as opções não são muitas. Aqui no Brasil, te

14/08 - Renascer fora e dentro de campo

A semana foi de sonho para grande parte da torcida do Figueirense. Temos que concordar que o caminho tomado até agora pela parceira que terceirizou o futebol do clube foi certinho. Chamou torcida pra conversar, contratou um dos maiores ídolos do clube para função estratégica no futebol, dando cutucada no presidente... tudo ajudou para reanimar uma torcida machucada com os maus resultados e a presença na zona de rebaixamento. Fora de campo há sangue novo. A primeira impressão é positiva, a analisar como ela vai caminhar. Mas dentro de campo o time é o mesmo. E não é Milton Cruz que vai resolver. Ainda mais que Robinho, o principal nome do time, voou para o Fluminense. Nomes são necessários para ontem com objetivo de permanecer na Série B. Acesso? A turma do G4 já está longe, e jogando bem. Olhando de forma fria e realista: o Figueirense não tem time pra cair. Tem coisa pior nessa Série B que não é possível que aguente muito tempo no meio de tabela. Tudo teria que dar errado de uma f

08/08 - Terceirização aprovada

Com apenas dois votos contrários, foi aprovada a terceirização total do futebol do Figueirense pelo prazo de 20 anos, com mudanças consideráveis diante do acordo inicial proposto pelos investidores (ainda misteriosos) que apareceram com a salvação do Figueirense. Vamos analisar alguns pontos: primeiro, o clube está quebrado. O presidente Wilfredo Brillinger, ainda que use de 200 argumentos, não deu conta do rojão. Não teve sucesso para conseguir fazer o clube se pagar e, vendo a conta aumentar, correu atrás de socorro. Não gostei, num primeiro momento, da forma com que o processo de terceirização (não usarei mais o termo parceria, já que os investidores comandarão totalmente o futebol alvinegro) foi tocado. Mas, em alguns dias, com a aprovação inclusive de conselheiros considerados críticos a Brillinger, a proposta foi aprovada, com a criação de dispositivos que permitem uma fiscalização dos atos da empresa. Quem são os investidores? Qual o aporte? Que metas tem? Isso o tempo respo

07/08 - Risco crescente

Hoje é um dia histórico. A Chapecoense jogará em Barcelona pelo troféu Joan Gamper, um evento até então inimaginável para qualquer mortal do Estado. Claro que a atuação no Camp Nou é motivada por um evento que ninguém gostaria de ter vivenciado, com a perda de 71 vidas, sendo que entre elas estão amigos nossos. Mas enfim, o jogo acontecerá e a Chape montou uma operação para o jogo, encaminhando os reservas antes para a Espanha e os titulares, que voltaram a jogar mal e perderam para o Coritiba, chegam horas antes da partida na Europa. Serão dias de homenagens e com partida oficial no meio (a Copa Suruga no Japão), mas tem veneno nisso aí: o time, que não está na melhor das fases, pouco tempo terá para treinar e se arrumar para o mais importante: se manter na Série A. A olho nu, a pontuação não assusta tanto: 22 pontos no fim do primeiro turno representa exatamente a metade do caminho andado para a permanência. Mas a verdade é que o time da Chape não se encontra em campo. Teve lampej

01/08 - Razão e emoção

Em 2004, um desconhecido português (pelo menos se dizia ser) chamado Carlos Andrade chegou a Brusque com uma megaproposta para o Carlos Renaux, que não disputava futebol profissional e foi procurado para uma espécie de terceirização. Prometeu dinheiro, acesso e glórias. Sobraram dívidas e problemas judiciais. O maior problema: ninguém o conhecia suficientemente bem para saber se era uma boa fechar esse contrato, que não muito tempo depois, se descobriu ser uma furada. O Figueirense é um clube muito maior e a notícia de uma terceirização veio com tudo depois da derrota para o Vila Nova. Na reunião do conselho nesta noite de segunda-feira, fez-se pressão aos conselheiros para aprovar o acordo de sopetão, depois de uma dezena de slides, promessas de títulos nacionais e idas para a Libertadores. Calma, não é assim. Quem define tem o direito de saber tudo, desde os nomes de todos que estão do outro lado da assinatura do papel até os planos e a capacidade de aportar dinheiro. A decisão do