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Mostrando postagens de outubro, 2015

A vitória que foi pra história. Por muito pouco, Chape não eliminou o campeão da América

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Lancepress / Divulgação / Notícias do Dia Torcedores de todo o Brasil sofreram junto com os fanáticos da Chapecoense. Erro de arbitragem, defesa do goleiro, bola no travessão... Teve de tudo. Não faltou entrega, sangue frio e aplicação para esse time. Venceu o River campeão da América e só não levou por um desses detalhes que o futebol tem. Faltou um gol que estava ali, tão perto... ficou no quase. Mesmo com todo o clima de euforia que cercava o jogo, o Verdão precisou de 15 minutos, se muito, pra espantar a ansiedade. Botou a bola no chão e pressionou o River que, acuado, não conseguia encaixar o seu jogo. O canal para a vitória estava em cima do inseguro defensor Balanta, a bola queimava nos seus pés. Me impressionou o sangue frio do time. Não perdeu o foco depois do erro de arbitragem na falta não marcada em Ananias, e nem depois do gol de Sánchez. Entrou para o segundo tempo sabendo o que fazer. Conseguiu marcar e fez um senhor abafa. Venceu, mas não seguiu em frente. Uma pen

Buscando o equilíbrio

* Publicado no "Notícias do Dia" de 27/10/2015 Parece que os times da parte debaixo da tabela do Brasileirão não querem engatar uma arrancada e preferem deixar tudo para o finalzinho. Com a rodada do final de semana, a situação da luta contra o descenso praticamente não mudou, com a Chapecoense muito perto de garantir sua permanência e os lanternas Vasco e JEC ficando a quatro pontos de uma possível escapada.  O medo de perder tem feito os times atuarem com uma precaução muito grande. Diferentemente do que se espera nessa situação, você não vê aquela agressividade típica de quem precisa de resultado. A arbitragem, sempre ela, novamente apareceu em grande estilo, não marcando um pênalti claro no Scarpelli e vendo uma falta de Rômulo na Arena Condá que simplesmente não existiu. Seriam possíveis dois pontos que, na situação que o campeonato anda, podem fazer uma falta tremenda. Duas vitórias seguidas podem significar para Figueirense e Avaí uma tranquilidade quase permane

Novamente, o JEC perde a chance quando ela aparece

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Assessoria Internacional O Joinville foi para Porto Alegre de certa forma motivado depois das duas vitórias em casa. A tabela colaborou e o time tinha a chance de, efetivamente, encostar na briga contra o rebaixamento. Mas acabou se repetindo uma antiga novela: quando as portas se abrem, o time não quer entrar. O Inter não jogou absolutamente nada. Ficou tocando a bola e não criou perigo para Agenor. O tricolor que teve as duas melhores oportunidades nos pés de Anselmo: no primeiro tempo, faltou calma para passar, no segundo, boa defesa de Alisson. Aí o Joinville não pensou em pressionar. Acabou punido numa falha absurda de defesa ao deixar o baixinho Vitinho cabecear sozinho no meio da área. Sem vontade, não tem gol. Sem pressionar, não tem chance. Aí Ricardo Bueno, um zero a esquerda no jogo, sai mais uma vez machucado. Entrou Edigar Junio, que se escondeu atrás da marcação. Aí fica difícil. Tem mais uma oportunidade fora de casa para o JEC fazer o crime, que é sábado q

Seis times, quatro caem

* Publicado no jornal "Notícias do Dia" de 20/10/2015 A rodada do final de semana do Brasileiro teve importância extrema na luta contra o rebaixamento. Apenas dois times venceram, o que criou duas novas situações. A Chapecoense, depois da vitória espetacular em Porto Alegre, abre distância para os outros e pode, se vencer os dois jogos que terá em casa contra Avaí e Atlético-PR, chegar aos 44 pontos para sacramentar sua permanência na Série A. Já a vitória do JEC juntou o bolo daqueles que brigam contra a degola. Apenas cinco pontos separam o Figueirense, 15º, do lanterna Vasco. Virou um campeonato a parte de seis times onde dois escapam, com alguns confrontos diretos no meio. O final de semana trouxe alertas para a dupla. A defesa do Avaí não mostra solução, com uma coleção de erros que tira a confiança no time. Irá a Chapecó enfrentar um adversário embalado e que voltou ao bom ritmo do primeiro turno nas mãos de Guto Ferreira. Já o Figueira, que em Joinville passou bem

O empate e o factoide

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Sobrou polêmica no Maracanã. Mais uma vez, a confusa arbitragem que está complicando o Brasileiro apareceu com tudo em Vasco x Chapecoense. Teve de tudo, pênalti mal marcado, não marcado, falta. No fim das contas a Chape voltou pra casa com um ponto importante, em um jogo que teve que segurar uma pressão forte do adversário. Para o Vasco, sobrou muita reclamação. Sabe o que é factoide? É quando você diz algo que é inverídico ou que não tem comprovação na imprensa pra agitar. Também é conhecido por "jogar para a torcida". Eurico Miranda fez isso. Seu time, que demorou muito para arrancar no campeonato, perdeu dois pontos e ele precisava descarregar em alguém. Centrou fogo no Delfim e num suposto favorecimento ao futebol catarinense, que rala lá na parte de baixo da tabela para não cair para a segunda divisão. Uai, se houvesse tanto favorecimento assim, os quatro não estariam mal na fita, correto? Não sou daqueles que nutrem admiração pelo Delfim, mas dessa vez ele virou

Bons e maus momentos

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Assessoria Figueirense FC A parada de dez dias para as eliminatórias da copa foi um período precioso para todos os clubes do Brasileirão. Tempo importante para aprimorar o que está dando certo e ajustar o que não funciona. Enquanto o Figueirense retornou a campo e conseguiu bater o Flamengo mantendo um bom volume de jogo e o JEC conseguiu uma importante vitória sobre o Coxa, o Avaí voltou a apresentar os erros de sempre, morreu no segundo tempo e acabou sendo presa fácil para o Sport. O Figueira, depois de vencer o Goiás com muita aplicação e vontade de vencer, repetiu a receita contra o Flamengo. Foi rápido, confundiu o adversário que dava espaços e tinha problemas para se organizar, e acabou vencendo com autoridade. Apostou em uma pressão forte no início do jogo para marcar território. Conseguiu segurar a tentativa de reação rubro-negra no início da etapa final e voltou a pressionar, principalmente na velocidade de seus atacantes. Não perdeu o foco em momento algum e acabou pre

Vitória apenas protocolar

A seleção brasileira cumpriu a sua obrigação. Não dá pra dizer que há um clima tão decisivo assim num jogo contra a Venezuela, até porque a obrigação de vitória transcende toda e qualquer situação nas eliminatórias. Foi até fácil, facilitado pelo gol no primeiro minuto. Aí foi só administrar daquele jeito, com falta de padrão tático e qualidade bastante duvidosa. Tipo do jogo que não dá pra se tirar conclusão alguma de melhora. Passou, venceu, fez a obrigação, segue o bonde. Dunga fez alterações que podem ser consideradas interessantes, mas impossíveis de dizer se realmente surtiram efeito e se derão um bom volume de jogo contra a Argentina. Gostei da saída de Jefferson para a entrada de Alisson e a colocação de Ricardo Oliveira, artilheiro do brasileiro e que está numa ótima fase, no comando do ataque. As eliminatórias apenas começaram e a seleção jogará assim, pressionada até o final, depois do vexame na Copa. Vem por aí dois jogos complicados.

A luta pela viabilidade da "Primeira Liga"

Os dirigentes da Liga Sul-Minas-Rio pressionam e tentam viabilizar o seu campeonato. Foram para a CBF, onde teoricamente foram bem recebidos. Teoricamente, pois existem federações que não aceitam bem a ideia. Mas me parece evidente que esses cartolas diminuíram a pedida. Não vai ser mais um campeonato para se sobressair aos estaduais. Tem mais cara de um pequeno torneio de verão. Claro que, com o menor número de datas, a pedida financeira diminui. É o tal do semear agora para colher depois. A proposta da agora denominada Primeira Liga, um nome que me agrada por ser um possível início de uma "Premier League" brasileira, é tentar se encaixar no já apertado campeonato nacional. São seis datas de fevereiro a abril. Imagino que seriam retiradas da primeira e segunda fases da Copa do Brasil, quando elas se desdobram em mais que dois dias para ida e volta. Não haveria folga para os clubes, já preocupados com Estadual, Copa do Brasil ou Libertadores. Mas é o que dá. Nesse esque

As vitórias incríveis de Chape e Figueira e o "quase" avaiano

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Lancenet / Notícias do Dia As torcidas de Chapecoense e Figueirense vão levar as histórias desse final de semana adiante por um bom tempo. Enquanto o alvinegro passou por cima do Goiás e da arbitragem para conseguir uma virada importantíssima, a Chape deu mais um sacode em time grande. Depois do Inter no ano passado, agora o Palmeiras vai carregar o rótulo de ser vítima do Verdão do Oeste em Chapecó. O Avaí poderia ter se juntado a esse clube, tendo tudo para vencer o Vasco. A triste exceção é o JEC, uma caricatura de time que entrou em campo para não perder do Flamengo. A Chapecoense triturou o Palmeiras jogando bem, algo que preocupava tanto depois de um bom primeiro turno. Foi aplicado, teve sangue nos olhos, apertou o adversário, mostrou uma outra vibe em campo. Até William Barbio, jogador que nunca teve destaque, jogou muito! O resultado foi consequência da retomada dessa força, em muito conquistada depois da classificação para a próxima fase da sul-americana. A moral está

Chapecoense faz história ao enfrentar o River

A Chapecoense contou com a torcida de muitos Brasil afora em uma disputa de pênaltis pra lá de tensa contra o Libertad. Com bola rolando, o time saiu atrás no começo da partida, empatou logo depois, teve Vanderson expulso e segurou apostando na sua competência nos penais. Deu certo, com 100% de aproveitamento. Quem diria que aquele time que disputava Série D até uns anos atrás iria enfrentar o poderoso River Plate, o campeão de tudo no continente, com a volta em Chapecó. Com certeza, um feito que ficará para a história, não importa o resultado. Agora, o foco volta para o Brasileirão e o jogo complicado contra o Palmeiras no final de semana. Aí vem uma situação bem curiosa. Inegavelmente que a conquista contra o Libertad eleva a moral do grupo para a Série A. O time ganha confiança em um momento importante. Diferente do Figueirense, que desistiu completamente da Copa do Brasil e colocou um time 100% reserva em campo, depois de ter eliminado Avaí, Botafogo e Atlético para chegar à sem

Brigando com as dificuldades

*Publicado no jornal "Notícias do Dia" de 01/10/15 O ano passado terminou com o futebol catarinense causando certo espanto no país. Afinal, seriam quatro times do Estado na Série A, mesmo com capacidade financeira limitada e torcidas com números bem aquém dos chamados grandes.  Chegou 2015 e hoje, faltando dez rodadas para o fim do campeonato, a situação é crítica para os quatro, em grande parte causada pelos problemas na montagem de elencos com baixo orçamento. Remendar um time no meio do campeonato quando o início não dá certo é caro, e tem uma grande chance de dar errado. O Joinville, por exemplo, contratou mais que um time inteiro com o Brasileirão em andamento, e hoje é o lanterna. Não é fácil ser dirigente em Santa Catarina. Pra se ter uma ideia, três times que hoje estão na Série B (Botafogo, Bahia e Vitória) recebem muito mais de cota da televisão, e isso ajuda no desquilíbrio. Ambos os quatro não conseguiram engatar uma arrancada capaz de mantê-los longe da zo