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1996, a decisão que demorou para acontecer

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Chapecoense e Joinville voltam a decidir o título estadual depois de vinte anos. Em 1996 aconteceu uma das decisões mais polêmicas do estadual, com direito a gol anulado com campo invadido, foguetório, WO e decisão às vésperas do Natal, vencida pela Chape. Confira esta matéria do repórter Luan Vosnhak, do Jornal do Meio-dia de Joinville, que relembra esse caso com depoimentos de Benson e Bandoch, que jogaram aquela decisão pelo JEC:

As questões que envolvem a decisão

* Publicado no jornal "Notícias do Dia" de 27/04/2016 Passada a última rodada, que não teve graça alguma, chegamos na semana que antecede a decisão do campeonato estadual. Vinte anos depois daquela final que foi para o folclore do futebol catarinense, com direito a foguetório, abandono e jogo final a dias do Natal, Joinville e Chapecoense entram numa condição de igualdade que seria algo surpreendente até 40 dias atrás. Hoje, devido ao crescimento de um e a queda de outro, virou algo impossível de prever.  Aí vem as perguntas que vão pautar essa final. A primeira é: o que aconteceu com a Chapecoense? O time de Guto Ferreira era tão favorito que pavimentava o seu caminho para um título direto sem sobressaltos. Depois do empate em casa para o Brusque, onde ainda conseguiu reverter um 3 a 0 do adversário no primeiro tempo, nada foi como antes. O time perdeu o volume de jogo, Maranhão caiu em qualidade na sua condição de principal armador do time e, sem um plano B, as der

"Audáxia"

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O nome dele é engraçado, Tchê Tchê. Lateral direito de habilidade, e ainda por cima é ambidestro. Contra o Corinthians, fez um golaço de pé esquerdo de fora da área e depois fez um na disputa de pênaltis, de pé direito. Tem muito time atrás de um jogador assim. E tem mais de um time que chama a atenção por eliminar São Paulo e Corinthians jogando muita bola. Fernando Diniz, o técnico, vai ter seu perfil contado e recontado na TV na próxima semana. Mas existe uma coisa que precisa ser mencionada: continuidade. Ele teve tempo para fazer seu trabalho, e colhe os frutos. Não vai dar certo em clube grande, pois paciência é uma palavra que não existe em seus vocabulários. Guardadas as proporções, lembra o São Caetano de Jair Picerni em 2000, com um time muito unido, de toque com qualidade e sem medo de ninguém. E está na final do Paulista. Possivelmente será desmontado depois da decisão (Bruno Paulo já tem pré-contrato assinado com o Joinville, por exemplo), mas mostrou um bom futebol

Dinheiro no cofre

*Publicado no jornal "Notícias do Dia" de 21/04/2016 Com o anúncio do Figueirense nesta semana, todos os cinco grandes clubes catarinenses fecharam a adesão ao contrato de televisionamento fechado para o Campeonato Brasileiro a partir de 2019. Ainda que exista um longo tempo até lá, sem garantia nenhuma de que eles estejam na primeira divisão, o objetivo dessa ação um tanto quanto antecipada é garantir poder para negociar nesses próximos três anos. Os clubes, em sua maioria, nem pensaram em esperar até lá e procurar negócios melhores. Querem o dinheiro das luvas, muito bem-vindos nessa altura da temporada, que caem a vista nos cofres. Dúvidas surgiram sobre essa "divisão" da preferência dos clubes, e qual a consequência isso trará ao torcedor. A lei exige que, para que uma partida seja transmitida, os dois clubes envolvidos tenham contrato com a mesma empresa. Um jogo entre Joinville e Avaí, por exemplo, não teria transmissão pela TV fechada no Brasileirão-

O milagre de Hemerson

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*Publicado no jornal "Notícias do Dia" de 19/04/2016 Ninguém discute a competência de Hemerson Maria. Mas o que ele conseguiu fazer com o Joinville no estadual chega a ser um milagre. Pegou um time desmotivado que venceu apenas uma partida no returno e com um ataque sem qualidade, compactou o jogo e construiu sete vitórias em oito jogos baseado em sua defesa e no trio de volantes formado por Naldo, Kadu e Anselmo.  Recuperou a autoestima do time e do torcedor e conseguiu fazer com que o clube possa enxergar um futuro promissor para a Série B, quando voltará a ter o mercado aberto para trazer as peças que precisa. Duas já chegaram, Pereira e Murilo, que podem dar um gás para que o título venha na terceira decisão consecutiva. O JEC está na decisão com uma vitória convincente sobre a Chapecoense. O tricolor fechou bem os espaços e não deixou a articulação do adversário funcionar (Guto Ferreira trocou Maranhão por Hyoran a fim de mudar a dinâmica do time que precisa

O Avaí escapou

O roteiro era de filme de terror para o torcedor. O Avaí marcou um gol e acabou com a seca do jeito mais sofrido possível, com a bola rebatendo duas vezes em jogadores do Guarani até sobrar para Iury colocar para dentro. Teve vaia do torcedor. Merecida. Três anos seguidos brigando para não cair no estadual. Um time ruim que se salvou por causa do primeiro turno surpreendente. Se Gonçalves falou em 3 ou 4 jogadores, Silas falou em sete. É daí pra cima. Agora é ver o que o novo presidente vai trazer. Prometeu contratações de impacto. Vai precisar de sorte. E dinheiro. Ele deu entrevista prometendo muito. Só quero saber de onde vai tirar dinheiro. Mais um catarinense para o Avaí esquecer. Agora é apagar da memória, arrumar a casa e evitar novo vexame na Série B.

A rodada dos sonhos do Joinville

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Assessoria JEC Na Arena, o JEC fez a sua parte. Abriu o placar com um pênalti, poderia ter ido para o intervalo com um empate não fosse um erro da arbitragem, e controlou o Inter de Lages na segunda etapa para garantir a vitória, que lhe manteria na liderança do returno com dois pontos de vantagem para a Chapecoense, que estava vencendo o Metropolitano. Eis que o Metrô virou o jogo marcando um gol nos acréscimos pela quarta vez no estadual jogando em Jaraguá. Venceu, deu um enorme passo para escapar do rebaixamento (ultrapassou o Avaí) e viu o Joinville abrir longos cinco pontos de distância. Pode até perder na Arena Condá. Decidirá a ida na final em casa contra o Brusque, que já alcançou o seu objetivo. O Joinville não é um time brilhante em campo, mas Hemerson Maria mostra que tem estrela e o time está conquistando os resultados. Do outro lado, a Chape entra no terceiro jogo sem vitória e viu sua liderança derreter. O empate arrancado na raça contra o Brusque, o jogo burocrát

A falha que definiu o clássico para o Figueira e abriu a semana tensa na Ressacada

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Eduardo Valente / Notícias do Dia Figueirense e Avaí não fizeram um jogaço. Tecnicamente o jogo foi fraco e a decepção maior até foi do Figueira, até pelo crescimento mostrado no campeonato e o favoritismo que levava para o jogo. No fim, isso não aconteceu. O empate até era bom resultado para o Avaí, conquistando um ponto que seria valioso para a classificação geral e a fuga do rebaixamento. Mas a falha bisonha de marcação em um contra-ataque acabou sendo fatal. Guilherme Queiroz recebeu sozinho e Renan, de boas defesas até ali, não teve como segurar. O time de Vinícius Eutrópio fez o pior dos jogos das últimas rodadas. Acabou encontrando o gol no erro do adversário. Como sempre, faltou ao Avaí qualidade no ataque. Até agora, Silas parece ter organizado o time para jogar um pouco mais fechado para não deixar tantos espaços. Mas na frente o problema é enorme, com um William isolado e Rômulo sem jogar absolutamente nada. Aí fica difícil. Com isso, o Figueira pode focar na Copa

Joinville vence apertado para liderar. Vitória do Brusque coloca Avaí na efetiva luta contra o rebaixamento

O Joinville conseguiu fazer um gol no Camboriú para liderar o returno e seguir firme na luta para evitar o título da Chapecoense. Uma partida que não mostrou novidades para o setor mais crítico do JEC: o ataque. O mais interessante, e isso é bom, é que tanto o torcedor como a comissão técnica não se ilude com os resultados e sabe que o elenco é limitado. Mas é assim que o time vai se comportando e tem uma porta aberta para entrar e tentar quebrar o favoritismo da Chape. Terá um jogo contra o Inter na semana que vem em casa para ir à Chapecó no que deve ser a decisão do returno. Como não devem chegar jogadores essa semana e, logo, sem novidades pro ataque, Hemerson Maria precisa se agarrar no que tem para tentar surpreender. No Augusto Bauer, o Brusque respira tranquilo com 22 pontos, vaga praticamente assegurada na Série D e bem longe da briga pelo rebaixamento. Quem entrou com tudo nesse confusão foi o Avaí. Na partida, só deu time do Mauro Ovelha. Fez o gol logo no começo, poderi

Duas opções: campeão sem final ou Chape x JEC na decisão

Se Criciúma e Figueirense mantinham alguma possibilidade de chegar à final do Estadual, ela se foi com os resultados desse final de semana. Primeiro foi o Tigre, numa atuação abaixo da média, que acabou perdendo para o frágil lanterna Guarani.  E agora foi o Figueirense, que mesmo prejudicado por Célio Amorim em um gol irregular da Chapecoense, não soube aproveitar a vantagem numérica em campo. Agora, o time que vinha evoluindo lentamente terá bastante tempo para se concentrar no campeonato brasileiro. Foi um jogo no Scarpelli em que a Chape fez um primeiro tempo muito discreto, dando chance para o Figueirense, melhor no jogo, controlar as ações. Mas depois de toda a confusão que foi o gol de empate do time de Guto Ferreira, o Verdão soube segurar a partida para se manter invicto e tirar mais um da parada. A situação agora é simples: ou a Chapecoense é campeã sem uma decisão ou o Joinville capitaliza as três partidas que tem em casa e ir para Chapecó para segurar a liderança