01/08 - Razão e emoção

Em 2004, um desconhecido português (pelo menos se dizia ser) chamado Carlos Andrade chegou a Brusque com uma megaproposta para o Carlos Renaux, que não disputava futebol profissional e foi procurado para uma espécie de terceirização. Prometeu dinheiro, acesso e glórias. Sobraram dívidas e problemas judiciais. O maior problema: ninguém o conhecia suficientemente bem para saber se era uma boa fechar esse contrato, que não muito tempo depois, se descobriu ser uma furada.

O Figueirense é um clube muito maior e a notícia de uma terceirização veio com tudo depois da derrota para o Vila Nova. Na reunião do conselho nesta noite de segunda-feira, fez-se pressão aos conselheiros para aprovar o acordo de sopetão, depois de uma dezena de slides, promessas de títulos nacionais e idas para a Libertadores. Calma, não é assim. Quem define tem o direito de saber tudo, desde os nomes de todos que estão do outro lado da assinatura do papel até os planos e a capacidade de aportar dinheiro. A decisão do Conselho foi acertada. Foi dado um prazo pra que todos possam digerir o que foi dito e buscar informações. Assim é melhor.

Bom mesmo seria se o clube soubesse caminhar bem sem qualquer tipo de interferência externa ou terceirização. A Chapecoense está aí para provar, como um case de sucesso, e isso bem antes do acidente, antes que alguém tente usar essa desculpa. Ocupa lugar de destaque em organização e tem time com folha de mais de R$ 2 milhões. Se a diretoria alvinegra tivesse sido competente na temporada, que teve um quase-rebaixamento no Estadual, uma eliminação na Copa do Brasil para o Rio Branco do Acre e uma atual zona de rebaixamento na Série B, nada disso seria necessário.

Agora há tempo pra investigar tudo. Se realmente for algo vantajoso, que se assine.

SEM CARA DE ACESSO

O Joinville foi cheio de vontade para Minas Gerais mas acabou perdendo para o Tupi em cima de erros infantis de marcação. Quando Pingo tentou arrumar o time no intervalo, o time da casa fez o terceiro logo no início do segundo tempo e a vaca foi para o brejo. A verdade é que o JEC não tem um time confiável na reta final da primeira fase. O time tem dois jogos seguidos em casa com a obrigação de vencer. Que o treinador ache a combinação mágica e perfeita nesta semana.

NA SEGUNDONA

O Hercílio Luz sapecou 7 no Jaraguá e manteve a liderança do turno da Série B do Catarinense, onde os campeões de cada turno se classificam, mais dois por índice técnico. Ainda por cima, o time de Agnaldo Liz fez um saldo que lhe dá a liderança sobre o Marcílio Dias. Eles se enfrentarão na última rodada, em Tubarão. Aconteça o que acontecer, os dois estarão no quadrangular, pelo futebol que mostram. Dali pra baixo, há uma irregularidade. Até o Concórdia, que se reforçou, começa a reagir dando a impressão de que vai subir na classificação.

JASC

Com pompa, uma festa comemorou os 100 dias para a abertura dos Jogos Abertos de SC, que acontecerão em Lages. O governo do Estado mandou mais de R$ 2 milhões para a cidade-sede se preparar, quantia bem maior que outros municípios receberam em temporadas interiores. Até acho que a edição desse ano será interessante: já que várias prefeituras (se não todas) estão apertando o cinto nos gastos, não vai ter aquele caminhão de atletas importados chegando para disputar e ir embora no dia seguinte. Pelo menos assim espero.

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