Catarinense 2020: Joinville





JOINVILLE ESPORTE CLUBE
Fundação: 29 de janeiro de 1976
Cores: Vermelho, Branco e Preto
Estádio: Arena Joinville  (Municipal)  - 22.000 lugares
Presidente: Vilfred Schapitz
Técnico: Fabinho Santos
Ranking "BdR" 2019: 8o. Lugar
Catarinense 2019: 7o. Lugar



O Joinville busca ressurgir depois de uma sequência de más notícias que vem desde a queda da Série B para a C, em 2017. Nesse meio tempo, o clube viveu mais um rebaixamento, presenciou dezenas de ações na justiça que foram aumentando o volume de pendências, e combinou montagens ruins e até irresponsáveis de plantéis. Passado um 2019 onde o time caiu fora na primeira fase da Copa do Brasil, fez um modesto sétimo lugar no Estadual, caiu fora na primeira fase de Série D e ainda foi eliminado da Copa Santa Catarina na primeira fase, o tricolor da Manchester quer, em 2020, mostrar que está vivo, mas usando de muita responsabilidade. A diretoria mantém firme o propósito de não dar um passo maior que a perna, e isso é bom. A austeridade financeira não permite loucuras (no ano passado, para se ter uma ideia, o time tinha um atacante cujo salário só dele ultrapassava os 10% da folha inteira), e o time mescla jovens atletas e alguns velhos conhecidos.

 O comandante do JEC volta a ser Fabinho Santos, ex-jogador tricolor e autor do gol do título estadual do clube no longínquo ano 2000. Fabinho teve uma passagem como assistente no Paraná Clube e agora retorna, com o objetivo de comandar a recuperação de um time com torcida enorme, mas que tem a grande maioria chateada, para não dizer desacreditada. Um bom estadual pode ser ótimo para a sua carreira, buscando um resultado marcante para o clube que o acolheu por tanto tempo.




E aí o Joinville mostrou suas credenciais para a montagem do elenco. Já vi muita gente chamar o time 2020 em "equipe de Showbol", mas preciso admitir que achei uma estratégia interessante da diretoria tricolor. Com a grana curta, o clube ofereceu um teto a alguns jogadores, e eles toparam o projeto. Nomes conhecidos de campanhas vitoriosas estão de volta, como Lima, o maior artilheiro da história do clube, o meia Wellington Saci, que estava no futebol amador, o goleiro Ivan, que estava sem clube desde a polêmica saída da Chapecoense e, recentemente, o lateral Edson Ratinho. Também destaque para o zagueiro Charles, revelado no forte futebol amador da cidade, que despontou no profissional após boa passagem com o técnico Pingo no Juventus.

A contratação de nomes históricos do JEC tem, além da tentativa de fazer um time bom dentro do orçamento, tem também uma função de chamar o torcedor, que há tempo não lota a Arena Joinville, para que volte a pegar junto com o time. Com certeza, a oportunidade de ver Lima, Ivan e Saci de volta ao campo é bom argumento para que a torcida, pelo menos num primeiro momento, deixe de lado a chateação pela decadência do time para dar mais uma parcela de confiança e acreditar no processo de reconstrução do tricolor. A austeridade financeira, sem fazer nenhuma doideira, sem dúvida é um passo importante. Falta agora conseguir convencer o empresariado do maior PIB do Estado a voltar a apoiar o time. E isso virá, principalmente, com bons resultados.

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