Mistura de sorte e preocupação. É o Brasil nas quartas, com sofrimento

Jefferson Bernardes / VipComm
O Brasil todo sofreu com o drama dos pênaltis.

Julio César recbeeu energias dos quatro cantos do país para ajudar a seleção. Alguns dos seus companheiros não tiveram competência (ou sorte) necessárias para garantir o resultado.

É nessas horas que o goleiro tem a chance de se consagrar em nível máximo. Ou nem ser lembrado se o time perder.

Estou com um sentimento que nunca tive na vida: extrema felicidade com o resultado misturada com uma aterrorizante preocupação. O time não jogou nada. Perdeu a magia, o hino não assusta mais ninguém. O esquema "toca no 10 que ele resolve" está manjado, e a seleção não apresentou, de novo, um plano B. Neymar teve os espaços fechados, esteve apagado no jogo e o time não funcionou. Em uma fase eliminatória em que a exigência aumenta a cada fase, isso traz um risco enorme. Vamos ser sinceros: a única chance que o Brasil teria de bater o Chile, em situações normais, seria nos pênaltis. Não esqueçamos que Pinilla colocou uma bola no travessão a 15 segundos do fim da prorrogação.

Pensando no time que não encontra ainda o jogo que pode lhe levar ao título, o gol no começo do jogo foi algo sensacional, coisa que anima e dá moral. Mas tudo foi jogado fora com o erro bisonho de arremesso lateral que acabou no gol de empate. O Chile era mais time, organizado e com alternativas no ataque, e com preparo físico superior na reta final do jogo. O Brasil, com Neymar quase anulado, apostou no chuveirinho contra a baixa zaga chilena. Deu certo só uma vez.

Mas os pênaltis são a única hora no futebol que a camisa pesa. Deu certo, com a bola na trave de Jara na última cobrança, apesar da coisa horrosa que Willian fez antes. Eles separam os meninos dos homens.

A vitória traz uma vitamina emocional gigantesca, isso não há dúvida. Mas é necessário mais do que isso para se chegar ao título. Contra Colômbia ou Uruguai, e sem Luiz Gustavo em campo, a exigência vai aumentar mais. Há coisas pra acertar no aspecto tático e técnico.

O emocional ajuda, mas não resolve todos os problemas. Bola pra frente que tem outra batalha na sexta-feira.




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