Sobre os "boicotes"

Demorei pra fazer esse comentário por causa da enchente, mas ao ver toda a situação que envolveu o elenco do Avaí, a CBN e o Miguel Livramento, vou deixar aqui minha opinião sobre esse tal boicote dos jogadores a uma rádio, por causa da expressão "bagaceira", que no dicionário significa "Conjunto de coisas inúteis; restolho". Por causa disso, e sem atitude nenhuma do clube, os jogadores perdem a chance de explicar os motivos da péssima campanha a uma emissora que conta com grande audiência.

Ou querem desviar o foco da vergonhosa campanha, a hipótese mais provável.

Já passei por isso duas ou três vezes e sabe o que fizemos? Nada. A rádio não vai perder ou ganhar audiência se não conseguir ouvir as explicações dos jogadores por causa do péssimo desempenho. Sim, porque isso só acontece em situações ruins.

Reza a lenda que alguém chegou no vestiário para falar aos jogadores que o Miguel usou tal expressão. Aparece aí outra figura comum em comissões técnicas, que também já tive por aqui, o "agitador", aquele que busca ouvir o que dizem do time para dar uma motivada.

A emissora está "pagando" por algo que um profissional falou, mas se notarmos, o tempo passou e o tal boicote continua, sem o tal pedido de desculpas do Miguel. E não vai ter o pedido de desculpa, mesmo que o clube, pelo que dá pra se ver, não esteja fazendo nada pra resolver a situação. Perde tempo de exposição na mídia, perde o contra-ponto dos atletas em momentos difíceis em uma rádio de grande audiência, que não deve ter perdido ouvintes so porque tem jogador que não quer dar entrevista.

Quando esse tal "boicote" aconteceu comigo pela primeira vez, o meu professor da época da Rádio Araguaia, Mário Pessoa, me disse: "aprende uma coisa, os jogadores passam, presidentes passam, a imprensa fica".

E o bonde não pára. Com ou sem entrevista de jogador magoado, o mundo não vai acabar.

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