O fim da "prova dos três"

Fernando Ribeiro / Criciúma EC
Três rodadas se passaram, três times sendo duramente avaliados. Com a vitória do Criciúma sobre o Figueirense e a derrota da Chapecoense em casa para o Corinthians, chega ao fim aquele estágio em que você pode, com segurança, avaliar o que falta ou o que sobra em cada time.

E a análise não é nada boa. Nenhum dos três convence. Falta organização, aplicação tática e coragem.

Começo no jogo do Heriberto Hulse. O Criciúma conseguiu fazer um gol no início da partida e jogou sozinho contra o Figueirense, que em momento algum deu pra dizer que pressionou o adversário. A expulsão de Nirley complicou o trabalho de Guto Ferreira? Sim. Mas a sua reação foi a pior possível, tirando o único homem de armação para recompor a zaga. E dá-lhe bola rifada.

Só que o Criciúma se acomodou no segundo tempo e tratou de deixar o tempo passar. Perdeu a oportunidade de matar o jogo, abusou de desperdiçar chances e deu a letra para o Figueira reagir. Mas com má qualidade, não deu susto. Do jogo, posso considerar algumas coisas, avaliando para a frente. O elenco dos dois times precisa de ainda mais qualidade. O Criciúma está um pouco a frente nesse aspecto, ainda que não seja um time confiável. Mas nessa troca de treinadores, o Tigre sai sem crise e fora da zona de rebaixamento, enquanto que o novo técnico do Figueirense vai ouvir um monte durante a semana, com mais um jogo fora de casa, contra o Santos pela frente.

Aguante / Chapecoense
Na bonita festa de Chapecó, um jogo terrível entre Chapecoense x Corinthians. Assistindo o jogo no sofá, me peguei mais de uma vez falando "vamo pra frente, Dal Pozzo, ataca!". O time ainda carrega uma característica forte, que funcionou na Série B mas não vinga na A: Uma linha de forte marcação, com a guarida de três volantes, que fazem o time se preocupar demais em defender. Lá na B, o time tinha Athos e Neném servindo Bruno Rangel, um 9 inspirado, marcando gols. Agora, na Série A, o time tem o que? Um Régis escondido na marcação, que não consegue dar um mínimo de força ofensiva para Fabinho Alves e o limitado Leandro, que está longe de ser aquele centroavante de presença. Se Lima viesse, jogaria com uma perna só nesse time.

Problema vai ser fazer Gilmar Dal Pozzo pensar diferente. Passar o jogo defendendo e cruzando bolas para um ataque fraco na área não vai dar em nada. Na Série A é necessário se impor, ainda mais dentro de casa, seja contra quem for. O técnico tem que ousar, e os jogadores tem que matar no peito a responsabilidade. Marcar forte não resulta em gol. E de tanto marcar e esquecer de atacar, o Verdão acabou punido pelo gol de Guerrero. Lições que servem pra frente.


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