Tema de Domingo: A Bebida prejudica a saúde dos clubes

Nosso tema de domingo hoje toca em um assunto que está provocando discussão em 10 entre 10 torcidas do Futebol Brasileiro: a proibição da venda de bebidas alcoólicas dentro dos estádios de futebol. Não entrarei no assunto da proibição num raio de 400 metros do Estádio. Já disse aqui neste blog que acho arbitrária a posição da Polícia Militar, e questiono se ela, a PM, possui amparo legal para "determinar uma lei", passando por cima dos legisladores, e fazê-la funcionar.

O assunto hoje é econômico.

Conversei com alguns dirigentes de clubes, e todos foram unânimes: o dinheiro arrecadado com a venda de ingressos nos jogos não é a principal fonte de faturamento em um jogo. O dinheiro vem do bar. Mais ou menos, a venda das bebidas alcoólicas representa, para muitos clubes, e principalmente os pequenos, a salvação.

Alguns exemplos: O Criciúma fechou um grande contrato com a Strauss, cervejaria da cidade, para a exploração das bebidas dentro do Majestoso. Em troca do espaço, a Strauss faria toda a reforma dos banheiros do HH, além da compensação financeira. Com a proibição, o contrato teve que ser rescindido, e o clube amealhou prejuízo.

O Juventus teve que usar a renda vinda do bar do Estádio João Marcatto em um jogo de Futebol Americano para poder pagar uma dívida antiga com a arbitragem. Mais uma vez, salvo pelo bar.

É assim: os clubes grandes fazem acordos financeiramente compensadores para exploração de bares, enquanto os pequenos sobrevivem da renda das bebidas, uma vez que os borderôs das rendas do jogos vêm repletos de descontos, taxas e impostos. No fim, resta pouco de lucro, ainda mais em partidas de público reduzido.

O que quero concluir, em cima disso: primeiro, que os clubes saibam usar do seu posicionamento e importância: No Brasil, o Clube dos 13 e a FBA. E, em Santa Catarina onde os clubes têm uma associação, que apoiou a reeleição do Presidente Delfim por unanimidade, e nunca vi o presidente da SC-Clubes, Carlos Crispim, tentar argumentar algo contra a decisão na imprensa.

Há que haver o debate sobre o impacto social e econômico desta decisão, que foi unilateral e altamente prejudicial. Se a conclusão for que a proibição é correta, tudo bem. Mas se for errônea, melhor rever a decisão sobre a probição do álcool, uma coisa inédita em todo o mundo.

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