Quer responder, fala!

Meu avô, o jornalista Wilson Santos vivia em telhado de vidro. Criticava quem merecia, e as vezes recebia respostas dos criticados, as vezes não muito educadas.

Não tenho a experiência do velho Wilson, que nos deixou há três anos. Mas tem coisa que eu vejo que é de irritar.

Duas semanas atrás, escrevi na minha coluna do jornal "Município dia-a-dia", o qual o seu Wilson foi editor na sua fundação, que estão usando o esporte paraolímpico em Brusque pra fazer política e criando brigas pessoais, colocando no meio do fogo cruzado vários deficientes mentais, que nem sabem do que está acontecendo. Citei que estava colocando o dedo em uma ferida, pois as duas equipes que existem aqui em Brusque não se bicam. Eu, que tenho um especial na família (meu tio Alexandre, filho caçula do Wilson), sei bem como é isso.

Não demorou um dia, recebi um email do Marcos Maestri, presidente da entidade ligada à prefeitura. Ele já admitiu que recebe salário da Prefa. Ele, quando foi na TV, questionado sobre o porquê das equipes não agirem juntas, ele não me respondeu. Acabou o programa, ele me entrega uma série de documentos sobre o técnico do outro time. Coisa que não tem nada a ver com o assunto. Essa semana na Rádio, lá estava ele. Ao invés de ter me questionado, ou debatido sobre o assunto, ele me entregou uma cópia do email que tinha me mandado.

Isso me irrita. Gente que entrega resposta pronta impressa em papel e não fala na lata, quando tá frente a frente.

Outro dia aconteceu outra dessa. Escrevi sobre outra divisão, desta vez das equipes de natação. O diretor de uma das equipes foi lá na TV. Ao invés de trocar uma idéia, ele fez o que? Entregou uma carta!

Por isso que o esporte brusquense não vai pra frente. Não há comunicação, o pessoal tem medo de falar, não aceita crítica construtiva...

Pra quem tá pensando em entrar nesse ramo do jornalismo esportivo, uma dica de experiência própria: respire fundo nessas situações, porque tem hora que dá vontade de falar o que tu pensa e pode dar mais problema.

Comentários

  1. Ah, Rodrigo, mas tu não podes falar nada. Precisasse da coluna pra meter o pau nos caras! Também não tivesse a cara de pau de falar na frente dos caras!

    Então, não podes falar nada deles mandarem e-mals impressos, cartas...

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  2. Amigo, se a gente tá na imprensa, precisa externar os problemas pra todo mundo né? Por isso que usei a coluna, é um problema decorrente e grave, ainda mais nessa época de eleição.

    O que eu me referi é que a pessoa vem pra falar com a gente em carne e osso, e ao invés de conversar sobre o assunto, entrega correspondência.

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