Histórias da Segundona: A batatinha

No meio de caminho pra Pelotas, resolvi roer um pacote de batatas-fritas. Olhei pra cara do Xirú e falei: "lembra da história da batatinha?" e surgiu mais uma história da segundona pra ser contada aqui no Blog. Foi durante a primeira divisão de 2001, mas serve muito bem como um conto "segundonesco".

Eu estava na Rádio Araguaia, e fomos escalados, eu e o Xirú de Curitibanos, pra um Kindermann x Brusque, lá em Caçador, num sábado a tarde. Fomos de carona, num Tempra emprestado pra dois amigos nossos, o Fábio Krieger e o Marcelo Beuting. De manhã cedo, subimos a serra.

Primeiro, a parada pra almoço na terra do Xirú. Ele sugeriu uma Churrascaria chamada Charrua, bem no trevo da Br-470, dizendo ser o melhor rodízio da região. Chegamos lá, entramos no estabelecimento, sentamos, e comecei a ficar impaciente, pois o rodízio só trazia linguicinha e frango no espeto. Uns quarenta minutos depois, descobri que a churrascaria simplesmente não tinha carne. Não é mentira: a churrascaria não tinha nem um pescocinho.

Eu tava puto. Mas mesmo assim, hora de seguir viagem. Usamos uma estrada cheia de curvas que liga Curitibanos até Lebon Régis, para depois chegar em Caçador. Umas duas horas antes do jogo, chegamos ao Estádio Carlos Alberto Costa Neves.

A rádio tinha um patrocinador na época que era uma marca de batatinhas fritas. Todo jogo fora, a gente era obrigado a levar duas caixas cheias de pacotes de batatinha pra distribuir pra torcida local, pro pessoal conhecer a marca. A gente realmente distribuía, mas guardava uma reserva técnica pra algum imprevisto.

O jogo foi terrível, acho que foi 2 a 2, e resolvemos tomar o caminho de casa. Alguém no carro teve a idéia brilhante de não parar pra jantar no nosso tradicional ponto de parada, o Hotel Central, em Apiúna. O pessoal já olhou pras batatas que tinham sobrado, e o Xirú atacou nelas, sem piedade. Depois, o resto também se empapuçou. Eu tava sem fome, e como não tava dirigindo, dormi. Ou tentei dormir. Foi uma viagem desesperadora, com o mal cheiro que tomava conta do Tempra emprestado. Quando acordei, só vi o Xirú com a cabeça pra fora descarregando as batatas que não entraram bem no estômago dele, "lavando" uma Kombi que vinha atrás. Quase causou uma tragédia automobilística.

Moral da história: muito cuidado com o que você come na estrada. As curvas podem te causar indigestão.

Sei que tão cobrando que eu conte a história do equipamento que eu esqueci de levar pro jogo do Brusque em Curitiba. Na próxima eu conto.

Comentários

  1. É e a história de Curitiba é de quarta divisão, literalmente, ahuahuahu. E eu sou uma das testemunhas oculares dela.

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  2. detalhe desse jogo eh que fiquei de comentarista, e no intervalo o xiru simplesmente sumiu, como nao tinha mais o q falar larguei o microfone e algum tempo depois o rodrigo continuou o comentario do campo
    hauauhuha
    mas valeu a pena...
    Ps. o tempra era do Jonas!
    eheheh

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