Rômulo vai para o Cruzeiro, e Chapecoense não deve receber nada

Reproduzo aqui no Blog texto do site do competente Fernando Doesse, da Rádio Chapecó. Clubes catarinenses precisam ficar espertos aos lisos empresários. Podem ficar de mãos abanando. Eis o texto:

Noticia do clicrbs: 24 de julho de 2009
Verdão libera Rômulo e espera por lucro

A direção da Chapecoense liberou o “curinga” Rômulo para jogar no Santo André. O atleta já estava treinando no clube paulista, mas tinha vínculo com a Chapecoense. Ontem, Rômulo esteve em Chapecó e acertou sua liberação. O presidente da Chapecoense, Nei Maidana, disse que o clube ficará com um percentual do passe, ainda não definido, para ter um retorno na venda futura do jogador.

Noticias no Lancenet de ontem (08):
O Cruzeiro confirmou a contratação do lateral-direito Rômulo, ex-Santo André, no fim da manhã desta quinta-feira, em seu site oficial. A informação da negociação foi antecipada pelo LANCE! na quarta-feira, dia 30 de junho. O jogador fará exames médicos nesta sexta-feira em Belo Horizonte e posteriormente será apresentado pelo clube. Os detalhes da contratação serão revelados na coletiva de apresentação.

Contudo, o presidente Zezé Perrella informou, na sua coletiva de imprensa de terça-feira, que investidores parceiro compraram 50% dos direitos do lateral por 750 mil euros e a outra metade tem o preço fixado em também 750 mil euros, cabendo ao clube o direito de adquirir posteriormente.

Pergunta: Quanto cabe a Chapecoense?

Ontem à tarde conversei com Jandir Bordignon, Diretor de Futebol da Chapecoense na época da transação.

A Situação é a seguinte. Rômulo tinha um contrato com a Chapecoense até o final do Campeonato Catarinense de 2009. Para renová-lo antes de seu termino era necessário registrar um novo na FCF o que poderia acarretar a necessidade de Rômulo ficar fora de dois jogos. Optaram pelo famoso contrato de gaveta para preservar alguma possibilidade de ganho. Ou seja, o atleta e o clube assinam, mas não se registrou na FCF ou na CBF e tão pouco em cartório. É um pouco mais do que nada.

Durante o transcorrer deste segundo contrato em que existe uma cláusula de venda futura em que a Chapecoense ganharia 10% na transação, o atleta teria pedido dispensa de três dias para tratar de assuntos ligados ao seu casamento, mas na verdade foi a São Paulo e acertou as bases com o Santo André. Neste espaço de tempo a Chapecoense tentou registrar o contato de gaveta, mas ficou impossibilitada, pois como explicar um contrato novo se o atleta já havia assinado com o Santo André antes?

A Chapecoense tentou fazer valer a cláusula do contrato de gaveta, mas o empresário do atleta negou-a solenemente. Ou seja, a Chapecoense leva 10% de 750 mil euros o que representa na cotação de ontem R$ 168 mil apenas se o agente de Rômulo, ou o próprio, resolverem achar que o contrato de gaveta vale.

Este dinheiro já era!

Já era mesmo. Faltou esperteza da direção da Chapecoense em registrar o contrato. É um caso bem parecido com o do volante Carlinhos Santos do Joinville. Só que no caso tricolor, o contrato foi registrado, o que melou a negociação que havia com o Figueirense. E nesse caso, o time do Oeste perdeu uma boa grana.

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