Problemaço para a imprensa e CCO, a dois dias dos JASC

Os Jogos Abertos de Santa Catarina começam nessa quinta-feira, e as últimas informações que chegam são muito preocupantes quanto à questão da cobertura de imprensa. Confesso que estou muito triste ao saber disso, pois já faço a cobertura dos jogos há 11 anos, e problemas dessa monta nunca aconteceram. E não dá para acobertar esse problema para os colegas que vem a Brusque, que ao chegar aqui, vai deparar com uma situação que não acontece há muitos anos.

Primeiro, a hospedagem da imprensa. A Prefeitura Municipal fez licitação para garantir os quartos para quem vem trabalhar, como é praxe em todas as edições dos jogos. Acontece que o Brusque Palace Hotel, vencedor da licitação, "deu pra trás", como se fala na gíria, e deixou a CCO sem pai nem mãe. Em matéria do jornal "Município" de hoje, a CCO dos Jasc se disse que "o hotel não trabalha com setor público". Se não trabalha, porque o hotel entrou na concorrência? Mas esse assunto parece estar resolvido. O presidente Marcelo Cavichiolo diz que já encontrou solução para que ninguém fique desalojado, mas reservou um hotel em Gaspar, a 40km daqui, por garantia (Nota do Blog: tiveram um ano para resolver questão de hospedagem. Se fosse feito com antecedência, mesmo com a recusa de Hotel A, já poderia ter se providenciado um B. Ficar em outra cidade, longe daqui, com o trânsito infernal em horários de pico na rota Brusque-Gaspar-Blumenau é loucura).

Segundo, e o mais grave, as linhas de transmissão. E aí rola uma troca de farpas grande entre Prefeitura de Brusque e Fesporte, com a Acaert no meio tentando resolver. Desde 2002, as emissoras de rádio que transmitem os jogos não pagam pelas linhas telefônicas para transmissão. É feito um acordo comercial, ou "permuta", em que as linhas são disponibilizadas mediante inserções comerciais nas grades das emissoras. É importante ressaltar que o custo dessas linhas é alto, principalmente para emissoras do Oeste, e sem isso, inviabilizaria e muito a cobertura das rádios nos Jogos. Isso é necessário. São poucas as emissoras grandes no Estado. A Fesporte conseguiu junto a Oi um patrocínio de 15 mil reais, mais a estrutura de internet e telefonia dentro da CCO, no Pavilhão da Fenarreco, em troca de colocar a sua logomarca em placas e materiais dos Jogos. Mas não tratou de negociar no pacote a estrutura para as emissoras de rádio. O Comitê local foi atrás, com participação da Acaert, mas até o momento não houve acordo. Nos bastidores, ouvi algumas acusações de membros da administração municipal à conduta da Fesporte, que olhou para o seu umbigo e não se preocupou com item tão importante para a cobertura dos jogos. Conversei agora pela manhã, no desfile de 7 de setembro, com a Marise Hartke, brusquense que é presidente da Acaert, que me disse que a Associação das Emissoras já enviou um comunicado às filiadas informando da situação das linhas, que deverão ser pagas, como uma transmissão normal. Em se falando de várias modalidades, durante dez dias, é um custo bem alto.

O post é longo, mas serve como informação a quem acompanhará os Jogos Abertos e aos quase 200 profissionais de imprensa credenciados para a cobertura dos JASC do cinquentenário. Estaremos acompanhando as novidades do caso. Não esperava um problema tão grande em uma festa que promete ser tão bonita.

Comentários

  1. Lamento muito acontecer isso logo esse ano que o Jasc está ainda mais em festa. Mas acho que colocar a competição no meio da campanha eleitoral atrapalhou o bom andamento da competição. No setor público tem tanta gente preocupada com 3 de outubro que as coisas do dia-a-dia às vezes ficam esquecidas.

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