Televisionamento: comparando com outros Estados

Trago aqui no meu Blog brilhante texto do Blog "Memória Avaiana", que faz a comparação das cotas de televisionamento de outros campeonatos Estaduais:

O futebol catarinense não é sério. A prova é o quanto cada time ganhará da cota de televisionamento da RBS em 2011.

Embora os clubes tenham assinado uma cláusula de sigilo com a RBS (qual seria o motivo de se esconder? Vergonha?), alguém já deu com as linguas nos dentes e os valores foram revelados pelo jornalista Rafael Henzel, de Chapecó.

Confira o quanto cada um ganhará em 2011:

- Avaí, Figueirense, Criciuma e Joinville: R$220 mil.
- Chapecoense: R$190 mil.
- Brusque, Metropolitano e Imbituba: R$126 mil e 700.
- Márcílio Dias e Concórdia: R$ 63 mil.

Ou seja, a RBS pagará pelo Campeonato Catarinense um pouco mais de um milhão e meio de reais. Valemos aproximadamente 1/4 do Campeonato Paranaense e cerca de 09 vezes menos do que o Campeonato Sul-riograndense.

Não sei se este é o valor líquido ou ainda deve ser feito o DESCONTO DE COMISSÃO para a agência Propague (sim, porque a Associação de Clubes é incapaz de assinar um contrato sem um intermediador).

O fato é que com toda esse subserviência dos clubes fica muito fácil algum dirigente vir a público falar em "socialização dos custos" com a torcida.

No início do ano já foi feita aqui uma postagem constatando que a RBS paga para os quatro grandes de SC TRES VEZES MENOS do que ela paga para times como Avenida, Ypiranga, Esportivo, Porto Alegre, Ulbra...

E continuará pagando esse ano. Vou repetir aqui os dados de 2010 da cota de televisionamento apenas dos nossos Estados vizinhos (provavelmente terão algum reajuste para cima em 2011):

- PARANÁ: (2010)

R$5 milhões. Deste valor, R$ 700.000,00 vão para Atlético, Coritiba e Paraná (individualmente). O restante é divido em partes iguais para os demais clubes, o que dará pouco mais de R$ 241.000,00 aos outros participantes. A proposta inicial de R$ 2.000.000,00 foi recusada pelo Atlético Paranaense, que impediu a transmissão de seus jogos.

Se uma empresa que ofereceu R$2 milhões por um produto consegue oferecer R$5 milhões pelo mesmo produto é porque ele deve render mais do que isto, não?

Agora imagine o Campeonato Catarinense dos últimos anos caso o Avaí não tivesse feito o jogo da FCF/RBS e repetido a atitude do Atlético/PR. Qual a final de campeonato teria sido transmitida nos últimos dois anos?


RBS fez um investimento de R$ 13.200.000,00. Grêmio e Inter ficaram com R$ 4 milhões de reais de quota cada um. Em 2010, cada um dos nanicos recebeu, em média, R$ 650 mil pela participação. Ou seja, praticamente TRÊS VEZES MAIS do que os maiores times de SC, incluindo os dois times de Série A.

É claro que não se pode pensar que valemos tanto quanto os maiores times do RS e do PR, cujos títulos nacionais e internacionais falam por si. Mas, quanto custam 30 segundos no horário nobre dos jogos televisionados na Globo/RBS? De publicidade diária nos jornais do grupo RBS, na TVCOM, nos portais da Internet e nas rádios que transmitem os jogos?

Na ponta do lápis, entre os gastos de transmissão e os lucros auferidos, valemos três vezes menos que o Avenida F.C.? Se havia uma empresa disposta a pagar mais pelo Campeonato Catarinense, será que ele não valia um pouco mais? E que negócio é esse onde nega-se uma oferta financeira melhor em troca de privilégios à uma empresa?

(...)

O futebol catarinense, de fato, não é grande. Mas, não por aquilo que faz dentro do campo: 2 times na Série A, 1 na Série B, 2 na Série C, perdendo apenas para SP, RJ e MG, à frente de PR, RS, GO, CE, BA, PE, AL, RN, PA, AC, DF, MT, PB, TO.

(...)

Na melhor das hipóteses (a incompetência), pode-se fazer uma análise de que os clubes acreditam que eles precisam mais da RBS do que a RBS deles, quando, na realidade, esta dependência é, no mínimo, mútua, se não for contrária.

Quero adicionar outro ponto aqui: quando houve aquele imbróglio todo que fez o Catarinense voltar pras mãos da RBS, sem que houvesse um leilão aberto, e que consequentemente, poderia reverter em mais dinheiro para os clubes, falou-se na "parceria" que haveria entre emissora e clubes.

Não sei que tipo de parceria é essa, se as torcidas de clubes que não os da Capital não verão seu time jogando em TV Aberta (exceto Joinville e Criciúma, verão um jogo cada por causa da rodada do clássico da Capital). No Campeonato Paulista, as praças que tem sinal cortado assistem a um outro jogo. E lá no Rio Grande do Sul, partidas de times do interior tem transmissão pela TVCOM. Nem isso foi pensado pra, de certa forma "acalmar" torcedores de praças importantes como Joinville, Blumenau e Chapecó.

Profissionalismo no futebol de Santa Catarina? Conta outra.

Comentários

  1. assino embaixo, pena que isso não vai mudar tão cedo...

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  2. Realmente uma vergonha, mas ja era de se esperar, um bando de incopetente que não sabe nem fazer uma tabela de jogos e coloca juizes de quinta categoria para apitar os jogos, a tendencia é piorar

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