Angeloni, mais 10 anos a frente do Tigre

Foto: Denis Luciano / Engeplus
Aconteceu no domingo: dona Maria da Glória, moradora do bairro Comerciário, nas cercanias do Heriberto Hulse, foi com seu esposo dar uma observada nas grandes obras que o estádio está passando. Chegando lá, encontrou o presidente Antenor Angeloni e sua esposa nas arquibancadas, vistoriando a obra. Eis que chega um torcedor, que efusivamente abraça o presidente, o beija e diz:
- Seu Antenor, muito obrigado. Agora já posso morrer feliz.

A era moderna de Antenor Angeloni, hoje referendada para mais 10 anos de gestão com uma autonomia ainda maior, vai marcar ainda mais, isso tenho certeza. Ouvi seu discurso emocionado na Assembleia que o reelegeu. Parecia um menino, super motivado, prometendo um novo estádio dentro dos padrões "para receber qualquer partida da América", alojamentos melhores e times competitivos, sem sair do pé no chão. Há de se admitir: não fosse ele aparecer em um dos momentos mais críticos do clube, sabe-se-lá se haveria ainda o Criciúma. Os resultados da sua curta gestão estão aí pra quem quiser ver.

Antenor topou o desafio e, além de motivar a cidade, se motivou. Deu um novo gás ao clube, conseguiu o acesso para a Série B e planeja estar na A em três anos. Sabe que o orçamento terá que ser maior, o que implicará em aumentar a arrecadação, seja com sócios ou com licenciamento da marca. Está cercado de pessoas conhecidas na região que dão a confiança de que a gestão do clube, sob o novo formato, será de sucesso.

A Assembleia do Conselho Deliberativo aprovou, por aclamação dos 205 conselheiros presentes (são 300 ao total) a reeleição de Angeloni para a presidência e a assinatura de um contrato que passa a gestão do futebol do clube para a empresa Gestão de Ativos (GA), que tem como proprietários Antenor e seu irmão, Arnaldo. A GA se compromete a sanar as dívidas do clube, reformar o patrimônio e controlar o futebol tricolor em um contrato de cinco anos, renováveis por mais cinco. Além disso, toda a arrecadação e as despesas do clube, e os direitos econômicos dos atletas que pertencem ao Tigre passam para a GA. Foi uma exigência do presidente, para que ele possa implantar um planejamento de longo prazo sem que pudesse aparecer algum obstáculo no meio do caminho.

Que bom seria se tivéssemos outros Antenores em Blumenau, Itajaí, Brusque e outras cidades que precisam de pessoas como essas para levantar o futebol. Criciúma tem a sorte de contar com uma pessoa que poderia estar muito bem curtindo sua aposentadoria depois de anos de serviços prestados, inclusive no clube (foi ele o responsável pela mudança de nome do Comerciário para Criciúma). Mas vendo que a coisa estava preta, resolveu pegar o barco e está colocando o Tigre nos eixos. Bom para a região da AMREC, bom para o futebol catarinense.

Comentários

  1. Falou tudo Rodrigo. Em Itajaí necessitamos urgente de uma pessoa assim, que ame o Clube que irá administrar, (que não é o problema do Marcílio) mas que não fique só no discurso bonito e passando a mão nos cofres do clube. Ao longo do Tempo sabemos que há pessoas dentro do marinheiro que querem enriquecer às custas do clube,mas fazer um time competitivo não se preocupam. Ainda trazem uma barca não sei onde, que vem completamente cega e desgovernada pra comandar o time e a torcida apaixonada é claro fica toda iludida. Mas no final das contas o final é sempre o mesmo, DECEPÇÃO.

    E agora quem poderá nos salvar? SOMENTE UM TIPO DE CHAPOLIN "RUBRO-ANIL"!!!

    Abraço Rodrigo

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