Apostou, correu o risco, e Leão na final

Mais uma daquelas histórias que tornam o futebol um esporte imponderável e apaixonante.

O Avaí não fez um jogo brilhante, mostrou seus defeitos, mas ganhou. Ganhou correndo risco, aproveitando-se da acomodação da Chapecoense, que fez um gol contra que acendeu a esperança azul, fez o time partir pra cima em tática kamikaze e conseguir arrancar a classificação. Brilhou a estrela de Patric, que veio do DM para o campo, e marcar o gol da classificação.

Era um jogo que estava para a Chape, sem dúvida. Hemerson Maria havia montado o time igual ao jogo de ida, sem ler o adversário, que havia anulado Cléber Santana, que é a principal peça de articulação do time. Prova disso foi um primeiro tempo que a Chapecoense anulou o camisa 10 adversário, construiu jogadas de bola aérea e aproveitou os buracos da defesa avaiana, principalmente no lado esquerdo, em cima de Aelson. Foi ali que saiu o gol de Esquerdinha.

Era necessário um fato novo para uma virada avaiana. O time está classificado, mas nada me tira que Hemerson Maria tem uma limitação: não tem um plano B para passar por uma situação de marcação do adversário. Talvez seja fruto de sua inexperiência. Mas ele tem mérito por tentar uma mexida meio maluca no segundo tempo, que tinha grande chance de ser frustrado, mas acabou dando certo. Se perdesse o jogo com Laércio e Ronaldo Capixaba em campo, seria condenado. Mas como conseguiu a virada com um time que brigou muito (e isso tem que ser lembrado, o time foi muito guerreiro), méritos pra ele, que saiu com o discurso para não subestimar o Leão.

A Chapecoense deixou o Avaí gostar do jogo. Tinha o controle, o placar a frente, poderia empatar, e as substituições de Itamar Schulle eram as certas. Faltou mandar o time ficar ligado, concentrado, vibrante, até o apito final. Não aconteceu. E nos momentos de sonolência, a Chape tomou uma paulada na cabeça com o gol contra de Leonardo (o segundo nas semifinais) e deu a letra para o Avaí pressionar. Claramente, aqui houve uma falta de controle emocional, e o Leão não tinha nada a ver com isso. Provando da arma do adversário,  a bola aérea, Patric estava lá para fazer o gol da virada e conquistar a classificação para a final. Futebol tem isso, há de saber aproveitar as oportunidades.

O Avaí vai para a final sem o melhor esquema tático do mundo, mas com a moral e motivação lá no teto. E em confrontos equilibrados, isso pode fazer muita diferença.

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