Criciúma envolvido no "jogo da referência"

Foto: Fernando Ribeiro / Criciúma EC
A frase é velha: não use o Campeonato Catarinense como referência que a surpresa pode ser desagradável.

Não que o Criciúma tenha enfrentado o Atlético-PR achando que o time era bom. Mas essa equipe, que briga pelo título do returno do Estadual, mostrou todas as suas deficiências diante de um adversário da Série B. E olha, o time do Silvio Criciuma escapou de ser eliminado em um jogo só.

E hoje o time jogou mal, muito mal. O primeiro tempo mesmo foi uma coisa feia. Lucca foi anulado. Bolas eram rifadas a todo momento, e Zé Carlos reclamava. Faltava qualidade, e o Atlético foi encaixando o seu jogo, até fazer 1 a 0. Era nervosismo demais. O sistema de marcação tricolor inexistiu. O Atlético trabalhou com muita liberdade.

Teve um pênalti claro para o Tigre no começo do segundo tempo, mas o gol de Zé Carlos foi absolutamente ilegal perante a regra. Aqui, um parêntese: o árbitro José de Caldas Souza, inexperiente, deu o gol, enquanto o auxiliar Marrubson Freitas, de ficha muito mais longa em partidas de Série A, ficou imóvel e anotou a falta.

O Criciúma mereceu perder, o Atlético foi infinitamente superior. Jogou melhor, marcou melhor, foi mais rápido e ainda contou com a lambança irresponsável de Andrey (que tinha feito algumas boas defesas) para fazer o segundo gol, e vai ser lembrado pelo erro. A melhora no segundo tempo foi tímida, insuficiente para passar pelo mais organizado time do Paraná, que joga pelo empate na volta para pegar Cruzeiro ou Chapecoense.

E nota zero para Guerrón, que é bom jogador, mas não precisava ficar tirando sarro daquele jeito. Ele tem qualidade, é um atacante perigoso e diferenciado, mas podia sair sem essa.

E o Criciúma toma um banho de realidade a pouco mais de um mês do início da Série B. Joinville e Avaí também devem ter observado o jogo com carinho.

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