Avaí dá um passo gigantesco para o título

Alceu Atherino / Avaí FC
Nem o mais otimista torcedor avaiano, muito menos o mais pessimista torcedor alvinegro imaginaria um resultado desses.

Um justo três a zero do Leão que encaminha o título estadual no jogo de volta. Um confronto do time embalado contra a melhor campanha, que não mostrou nada perto daquele time que tinha um ataque de qualidade. O Figueira pode ter jogado fora todo o trabalho da temporada em 90 minutos. Agora só resta ao torcedor alvinegro usar o discurso do "acreditar".

Um Avaí que foi dono do jogo desde os primeiros minutos, impulsionado pela sua torcida, que não baixou a bola em nenhum minuto. O meio-campo alvinegro não funcionou. Fernandes não apareceu, a participação de Roni se resumiu a uma brilhante jogada no primeiro tempo. Some-se a isso a saída de Aloísio com dores musculares, a entrada de Julio César, sem ritmo, para comandar o ataque, e a indiferença de Branco, que não foi capaz de mudar alguma coisa para tentar surtir efeito e dimimuir o prejuízo. Luiz Fernando só entrou quando a vaca já tinha ido pro brejo. Aliás, há de se ressaltar outra grande diferença do jogo: O Avaí veio com vibração de sobra, enquanto o Figueira não mostrava nada perto disso.

Hemerson Maria montou o time direitinho. Mika, o melhor em campo, anulou Fernandes e, junto com Bruno, segurou Roni e não deixou o adversário colocar o jogo em prática. E aí o time foi se soltando, partindo pra cima e achando espaços. Branco tinha a proposta de se precaver na Ressacada, com marcação reforçada no meio, que também não funcionou. Deixou Cléber Santana jogar, e tomou uma pressão enorme, até sair o primeiro gol, em uma bola roubada de Mika, que acabou nos pés de Nunes, sem marcação, para abrir o placar.

O Figueira teve três boas chances de gol no jogo, com bolas tiradas em cima da linha por Leandro Silva e Mika, e a jogada de Roni. Foi só. O Avaí teve duas chances de ampliar o placar no final e sair da Ressacada com a faixa de campeão.

E o jogo de volta, no próximo domingo? O Figueira terá uma missão impossível. Uma coisa é você fazer 3 a 0 sem uma pressão de placar. Outra coisa é você ir pra uma decisão sabendo que terá que fazer três gols de diferença pra levar a decisão para os pênaltis. É um peso psicológico tremendo para quem entrou como favorito.

O Avaí, que já tinha moral elevada antes da decisão, agora tem a faca e o queijo para dar uma volta olímpica improvável até o intervalo da semi-final em Chapecó. Coisas desse esporte apaixonante chamada futebol. Podem reclamar do regulamento, mas quem quer ser campeão precisa confirmar no campo. Na hora H, o Figueirense falhou.

Comentários

  1. Que bela vitória e grande espetáculo da torcida. Foi uma grande atuação do Avaí e acho que o Figueirense não jogou tão mal, principalmente na etapa inicial. Eles se desestruturaram no segundo gol. Acho que ali eles sentiram o golpe e não conseguiram ter o mesmo rendimento, pois no primeiro tempo o Avaí teve dificuldades de passar pelo sistema defensivo deles.

    Grande vitória no campo e um belo show nas arquibancadas. Essa é a torcida do Avaí que eu gosto.

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