BdR na Decisão: 1999, o clássico da polêmica

A decisão que, principalmente, o torcedor avaiano não esquece.

A segunda decisão entre Figueirense e Avaí aconteceu em 99, um ano que foi um divisor de águas no futebol de Santa Catarina, que inclusive trabalhei em meu trabalho de conclusão de curso na faculdade.

Foi o primeiro campeonato da Figueirense Participações, que criou uma revolução necessária no futebol catarinense. Foi a primeira vez que se ouviu falar em marketing, planos de sócio e gerenciamento de imagem de um clube aqui no Estado. Isso fez os outros clubes se mexerem, inclusive o Avaí, que no ano anterior, venceu os dois turnos do Catarinense e acabou em último no quadrangular final, perdendo o título para o Criciúma.

O Estadual de 99 reuniu na final as melhores campanhas. O Figueira, com o melhor retrospecto, fez 48 pontos, enquanto o Avaí fez 44. Chegaram a decisão em dois jogos, onde o alvinegro, além de decidir em casa, teria vantagem do empate na prorrogação em caso de dois resultados iguais, sem saldo de gols. Assim foi: no jogo de ida, em 21 de julho, deu Avaí 2 a 0, com gols de Alex Rossi e Dão. A volta seria quatro dias depois, em um Orlando Scarpelli completamente lotado.

Aquele domingo reservou todo tipo de emoção. Começou com a arbitragem. Delfim sorteou diretamente do seu chapéu o trio de arbitragem do jogo. Deu Clésio Moreira dos Santos, o Margarida, que seria auxiliado pelos perdedores do sorteio, Giuliano Bozzano e Paulo Henrique Bezerra. Sim, colocaram árbitros principais como auxiliares. Hoje isso seria inconcebível.

Bola rolando, e o Figueira, treinado por Abel Ribeiro, conseguiu forçar a prorrogação, venceu por 2 a 1, com dois gols de Genílson, que foi artilheiro daquele estadual com 26 gols, com Dão marcando o gol avaiano. Haveriam 30 minutos de tempo extra, que acho que teve no máximo dez de bola rolando.

Assisti aquele jogo em casa. Vi até cavalo próximo ao campo, o que acabou tumultuando mais ainda e dando apuros ao torcedor visitante presente. A torcida avaiana até hoje não perdoa Paulo Henrique Bezerra, assistente do jogo, que marcou um impedimento em gol legal de Adilson, que foi anulado por Clésio, que até hoje põe a culpa no seu bandeira.

E com a prorrogação com menos bola rolando que já vi na vida, o Figueirense conquistou o título. E treze anos depois, as memórias desse jogo são recuperadas do arquivo. Um título para cada um nos clássicos decisivos. Daqui a duas semanas, acontecerá o desempate.

O Figueirense, treinado por Abel Ribeiro, jogou com Maurício; Pedro Aruba, Carlinhos, Polaco (Alexandre Rosa) e Denys; Perivaldo, Valdeir, Zé Renato (Claudiomir) e Júlio César (Toninho); Genílson e Aldrovani. O Avaí, treinado pelo então iniciante técnico Cuca, tinha Miguel; Fantick (Adilson), Mano, Jefferson Douglas e Helton; Régis, Dirlei (Serginho), Luiz Fernando (Marquinhos) e Grizzo; Alex Rossi e Dão.

Assista o vídeo daquela partida: 




Time do Figueirense Campeão Catarinense de 1999

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