Três jogos, três personagens e um Tigre líder

É complicado acompanhar dois jogos ao mesmo tempo. Foi assim com América x Avaí e JEC x Guarani. Mas mesmo assim dá pra escrever alguma coisa do que deu pra olhar. E depois, teve o Criciúma que bateu um adversário muito qualificado, para conseguir uma inédita arrancada de três vitórias no Brasileiro. Cada jogo teve seus personagens.

Jr Santos / Tribuna do Norte
América x Avaí. O erro na experiência de Hémerson: o treinador avaiano perdeu o seu primeiro jogo no comando do time ao apostar em um esquema bem diferente do que vinha usando. Uma linha de três volantes que não trouxe brilho algum dentro de campo. O time não teve a posse de bola que costumava ter, Cléber Santana não trabalhou como devia trabalhar e o time perdeu em uma falha de cobertura imperdoável para quem trabalha com uma postura tão defensiva. Crucificar Hémerson por causa disso? Jamais. Diante da falta de Robinho e de peças de reposição de confiança, ele usou de uma formação que, definitivamente, não funcionou. Ter um jogado ao lado de Cléber na armação significa dividir a atenção das marcações e, por consequência, ajudar o camisa 10 a trabalhar. Vamos ver se os reforços que chegam se encaixarão no time (principalmente Jaílton) para dar ao Leão um ganho de qualidade.

Juliano Schmidt / Portal Joinville
Joinville x Guarani. O efeito Eduardo: O Joinville não fez um jogo brilhante, mas fez o serviço, vencendo o Guarani e dando uma boa subida na tabela. Leandro Campos teve que rever alguns conceitos depois do empate em Natal, onde jogou para não perder diante de um adversário que tinha tanto medo quanto. Alex jogou ao lado de Lima no ataque e a ordem foi refeita. Vi um time mais tranquilo em campo, sem pressa nem afobação para criar jogadas. Ricardinho jogou mais aberto na esquerda e Eduardo, disparado o melhor em campo, só não fez chover na direita. Falta um bom caminho para que o JEC tenha uma boa condição de brigar pela parte de cima da tabela. Mas Leandro Campos terá tempo para encaixar seu jogo, já que não teve o tempo de uma pré-temporada. É só ele não repetir a tragédia do último sábado. Vamos ver como vai ser contra o Avaí.


Fernando Ribeiro / Criciúma EC
Criciúma x Vitória. Zé do Gol está voando: O Tigre não fez pouco. Venceu um time qualificado, repleto de atletas de nome, com um técnico campeão mundial e favorito ao acesso. Era previsto um jogo difícil e brigado. E aconteceu, com vitória do Criciúma. Os dois fatores principais: o primeiro, Zé Carlos. O cara tá inspirado e iluminado. Fez um gol matando a bola no peito e mandando um foguete de primeira, e outro num forte chute de fora da área (e quase fez o terceiro em cobrança de falta). Quando a fase tá boa, dá tudo certo. E lá atrás, o bom goleiro Douglas deu conta do recado. Paulo Comelli sobre ler bem o adversário, e o Criciúma lidera a Série B com três vitórias. Mas ainda há o que arrumar, principalmente na bola aérea de sua zaga, que é um Deus nos acuda. No final do jogo, Comelli trocou Zé Carlos por Ozéia, permitindo que o Vitória pressionasse. E se não fosse Douglas, a alegria da vitória poderia virar a tristeza de um empate dolorido. Mas no fim deu tudo certo. Favorito ao acesso? Muito prematuro por dizer. Mas ao ganhar dois jogos em casa e um fora, uma importante gordura foi conquistada. Vem aí mais duas pedreiras, o América e depois, o Goiás. Mais testes complicados. E o Tigre não pode nem pensar em perder o Zé do Gol. Vai ter assédio de times da Série A, que precisam de um camisa 9 dessa qualidade. Há de se acontecer uma operação para mantê-lo.

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