Excesso de zelo que quase levou à derrota
Luiz Henrique / Figueirense FC |
Muitos torcedores questionaram durante os últimos dias se contra a Ponte em casa deveria ser usado o mesmo esquema de lá, contra o forte Corinthians. Dito e feito: o time não funcionou de novo, não criou, e viu a Ponte, com um esquema bem parecido, jogar as bolas no ex-avaiano Caio e criar muito mais perigo. O time de Campinas merecia ter feito um gol no primeiro tempo. Argel jogou quarenta minutos fora e uma substituição para colocar Luiz Fernando no lugar de Jackson. A melhora foi quase instantânea, mas durou pouco.
O ato seguinte seria colocar Aloísio, para criar um fato novo na frente. Mas não entendi a atitude de Argel de tirar Roni e não Júlio César, que não apareceu o campo e esqueceu seu futebol em algum lugar. Traduzindo: ele botou um armador, mas depois tirou outro para colocar um atacante. A pressão funcionou por uns nove minutos até a Ponte arrumar a marcação e voltar à carga no ataque. Com a expulsão de Sandro, não havia mais o que fazer. O negócio era segurar o empate e esperar o final do jogo.
Um jogo pro torcedor esquecer. Me pergunto qual foi o objetivo da intertemporada em Atibaia que, teoricamente, serviria para trabalhar a qualidade do time sem a pressão de Florianópolis. Nada de novo aconteceu, o time continua não rendendo, o sistema de armação continua crítico e não se veem sinais de evolução. Desde que Argel assumiu, o Figueira mudou sua característica. Deixou de ser um time rápido que busca a vitória para um grupo que marca muito forte, para depois organizar a saída de bola e, como terceira lugar, atacar. Nesse meio, passam os problemas de qualidade de atletas e a exigência da Série A como um todo. Contra um adversário do mesmo nível, não há espaço para excesso de zelo.
Argel teve esse excesso, e por muito pouco não perdeu o jogo dentro de casa.
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