Depois do fiasco, Leandro sai para o JEC mirar 2013
Mas quero provocar uma análise puxando algumas declarações lá do início do ano, mesclando com alguns números.
Há quase um ano, quando o JEC foi campeão da Série C, o discurso do então presidente Márcio Vogelsanger era montar um time e uma estrutura no clube para que a Série B fosse disputada sem sustos. E ele não estava errado, pois tenho uma teoria que o primeiro ano em um ambiente novo precisa ser usado para "fincar os pés" no terreno e conhecê-lo. Os resultados não negam que o time pagou pela inexperiência, principalmente pelo fato do time, que tem uma base de um bom tempo no clube, não ter encarado a Série B antes e perder o controle diante de situações como enfrentar um time mais fraco e impor respeito. O Criciúma do ano passado é um exemplo bem claro. Começou bem e faltou gás no final. Esse ano a história é outra.
Acontece que o início foi bom e, além da campanha sem sustos de rebaixamento, surgiu a possibilidade de um acesso. A cobrança aumentou e o time não acompanhou a expectativa na reta final. Faltou gás e qualidade que o Atlético, Goiás ou São Caetano tiveram para engrossar a luta pela Série A. Aqui entra uma série de fatores, que vão desde a qualidade do banco de reservas até o investimento. Olhando friamente, foi uma campanha normal, e o time precisa de mais força para brigar pelo G4.
Leandro Campos foi a escolha errada? Vamos lá: ele foi contratado a toque de caixa depois da saída de Argel para o Figueirense ao fim do Estadual. Assumiu um planejamento e não começou mal o campeonato. Ele teve três fases: pecando no excesso de zelo fora de casa, contrastando com os jogos na Arena; depois, quando resolveu ousar e trouxe bons resultados, entrando no G4, e a volta ao "defensivismo" nesta reta final. Foi aí que ele caiu, traído por uma situação de acesso que ele mesmo criou mas que não soube traçar uma estratégia quando o grupo de acesso batia à sua porta.
E deixa o clube como a melhor defesa do campeonato, acreditem. Mas como faltou ousar diante dessa situação, pagou com o emprego. Um novo nome chegará sem cobrança para tentar o improvável milagre, mas com a responsabilidade de conquistar a Copa SC para salvar o ano e arrumar a casa para 2013 onde, aí sim, o clube já estará com a experiência de quem entrou no circuito das séries A e B.
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