Quem tem razão no jogo cancelado em Palhoça
Jamira Furlani / Avaí FC |
Vamos a alguns pontos que são necessários destacar:
1) O jogo vai acontecer em outro dia, provavelmente na quarta-feira de cinzas. O jogo não aconteceu e o árbitro vai relatar ao TJD, que vai remarcar a partida. A razão é simples: o MP rejeitou todos os laudos dos estádios do Estadual, é verdade, mas o TJD baixou liminar liberando todos, ou seja, para a justiça desportiva, está tudo OK com o Estádio do Guarani. Antes, o Ministério Público trabalhava em convênio com a FCF para vistoriar os estádios. Agora, a situação é em outra esfera. Na sexta-feira, o MP ingressou com a ação na Comarca de Palhoça. O TJD tem um entendimento bem claro nesse assunto.
2) O MP agiu de forma muito estranha neste caso. Voltamos ao ponto: perante eles, todos os estádios foram rejeitados. Mas sem soltar uma notinha no site ou avisar que iria pedir a interdição do estádio por causa de alguma suposta irregularidade, o pessoal vai lá, sem ninguém saber, e consegue a ordem judicial, ainda sustentando que o Estádio tinha arquibancadas metálicas, que foram retiradas antes do jogo contra o Figueirense, na primeira rodada.
3) Em sua decisão, a juíza levanta o que aconteceu em Santa Maria para dar sua decisão. São casos bem diferentes e, relembrando, perante a justiça desportiva, que tanto se prega que deve trabalhar nesses casos, estava tudo OK. Mas nesse caso, eu acho que ela foi induzida ao erro.
Todo mundo perde nesse caso: o campeonato em si, que acumula mais um episódio de várzea, já que o jogo teria transmissão ao vivo pela TV Aberta e aquele papelão aconteceu; o torcedor, que perdeu sua tarde de domingo para ir a um jogo que não teve; o Guarani, que vai ter prejuízo com a remarcação do jogo e o próprio Avaí, que disputará um jogo no meio da semana antes do clássico, e perderá o zagueiro Alex Lima para o jogo contra o Joinville. Seguindo a tendência de casos semelhantes, como a partida contra o Guarani não aconteceu, o zagueiro pagará a suspensão no jogo seguinte.
Com todo o respeito ao pessoal do Ministério Público, mas me pareceu um ato de oportunismo e até falta de bom senso, pois os problemas poderiam ser apontados e discutidos com antecedência, sem a necessidade de uma ação judicial "de surpresa", de certa forma induzindo a magistrada a erro, já que as tais metálicas já não estão no Renato Silveira há tempo. Se queriam holofotes, conseguiram. Como explicar o fato de um estádio ter recebido duas partidas sem problema algum e ser interditado dessa forma na quinta rodada?
Comentários
Postar um comentário