Criciúma faz o dever de casa com louvor, e põe uma mão na taça

Fernando Ribeiro / CEC
O Criciúma leva para Chapecó uma grande vantagem para levar o título estadual pra casa após envolver por completo a Chapecoense, vencendo por 2 a 0 e não dando chance para o adversário sequer descontar.

Venceu quem quis jogar bola, encontrar espaços, pressionar e buscar o gol desde o início. Sem uma alternativa ofensiva convincente, a Chapecoense foi presa fácil. As falhas de Nivaldo originaram da pressão do início do jogo, que deixaram o time de Gilmar Dal Pozzo sem reação.

Usando de dois atacantes abertos, o reforço de Suéliton pela direita e um homem de área em tarde inspirada, o Tigre tratou de fazer vantagem em cima de uma Chape sem reação. Já tinha alertado para a deficiência verde: time que marca bastante, tem um esquema rígido e que trabalha para construir contra-ataque. É difícil imaginar alguma coisa diferente no time do Oeste, que apenas tratou de esperar o adversário. E aceitando pressão, em duas jogadas pela direita, saíram os dois gols que podem definir o título. Jogo definido no primeiro tempo.

Perdendo por 2 a 0 e precisando diminuir a grande desvantagem, Gilmar Dal Pozzo não fez absolutamente nada de significativo para o segundo tempo. Apenas controle de posse de bola, mas nenhum chute a gol. Vadão tratou de controlar a marcação (sem muitas dificuldades) e até lançou Tartá em campo no final do jogo para tentar algo a mais. O placar não aumentou, mas a vantagem levada para Chapecó é altamente considerável. Basta considerar que o Tigre não perdeu nenhum jogo por dois gols de diferença neste Estadual.

O Criciúma é favorito para a decisão do próximo domingo por um único fator, na minha visão: não vejo na Chapecoense um time ofensivo, que precisa pressionar muito para envolver o adversário e levar a situação para uma extrema pressão, tendo que vencer por dois gols de diferença para ir aos pênaltis ou três para ser campeão. Dal Pozzo tem sua parcela de culpa hoje, justamente por não ter se preparado para a situação de tomar um ou dois gols com a bola rolando. As alterações foram previsíveis e o time não encontrou brecha na marcação tricolor.

A semana vai ser de grande motivação em Chapecó para a decisão do próximo domingo. A torcida vai levar o discurso do "eu acredito", mas Dal Pozzo vai ter que jogar de uma forma bem diferente do que jogou até agora se quiser o título. Aí está a grande incógnita: a chance de não dar certo é maior. Mas é a esperança que o torcedor verde tem que agarrar. Tem mais 90 minutos pela frente.

A verdade é que o Criciúma tinha uma tarefa de casa pra fazer e tirou 10, com estrelinha.


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