Memória: Chapecoense x Criciúma, as decisões: parte 4, 2011

O Blog encerra a série de posts sobre as decisões entre Chapecoense x Criciúma com o último encontro entre os dois, e o único dos quatro que teve a partida decisiva em Chapecó. E eu estive lá, vivendo o clima frio do final de semana, mas quente nos arredores do estádio e no jogo.

Em 2011, uma situação inversa a deste ano: o Criciúma venceu o turno, batendo o Figueirense em Florianópolis, com gol de Mika. Já a Chapecoense chegou na decisão ganhando o returno, segurando um empate em 2 a 2 com o Avaí no dia primeiro de maio na Arena Condá. Como tinha melhor campanha na classificação geral, o time do Oeste, treinado por Mauro Ovelha, que buscava o seu primeiro título estadual após alguns vices, jogava por dois resultados iguais, além de fazer a grande final em casa.

No primeiro jogo da final, perante mais de 15 mil torcedores no Dia das Mães, o Tigre, treinado por Edson Gaúcho, conseguiu reverter a vantagem verde, vencendo por 1 a 0 , com gol marcado por Talles Cunha no final do jogo. Muita polêmica antes da partida: torcedores criciumenses foram até o hotel onde a Chapecoense estava hospedada, na cidade de Orleans, e tentaram complicar o descanso dos atletas, na base dos foguetes. Estava instalado um clima hostil para o jogo da volta.

A solução que o Criciúma bolou para a grande final custou caro para o presidente Antenor Angeloni: o clube fretou um avião da Trip que decolou de Forquilhinha para Chapecó no final da manhã do dia do jogo, correndo risco de pegar o aeroporto Serafim Bertaso fechado por uma chuva que cercava a região Oeste. O time chegou por volta das 13h e foi direto para o estádio.

O jogo decisivo foi tenso. Chances desperdiçadas dos dois lados e o desespero da Chapecoense aumentando, com a necessidade da vitória. Foi quando aconteceu um momento daqueles que as duas torcidas não esquecerão e eu, que estava na frente do lance, também não: em um cruzamento pela direita, o volante Carlinhos Santos cabeceou contra o próprio gol. A bola entrou no ângulo, sem chance para Andrey, que ficou parado. Era o gol do quarto título do Verdão, o primeiro de Mauro Ovelha, que levantou o primeiro troféu de campeão após tantos "quases".  Acompanhe lances do jogo:

Ficha da decisão:

CHAPECOENSE 1x0 CRICIÚMA 

Local: Índio Condá
Árbitro: Paulo Henrique de Bezerra (SC); 

Gol: Carlinhos Santos (contra) 23' do 2º; 

CHAPECOENSE: Rodolpho, Dema, De Lazzari (Neném) e Diogo Roque; Thoni, Marcos Alexandre, Everton Garroni (Everton Cezar), Cleverson (Kléber Goiano) e Badé; Neilson e Aloísio. Técnico: Mauro Ovelha.

 CRICIÚMA: Andrey, Fábio Santana (Talles Cunha), Nirley (Rogélio), Toninho e Pirão; Henik, Carlinhos Santos, Mika (Pedro Carmona) e Diogo Oliveira; Roni e Schwenck. Técnico: Edson Gaúcho.

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