E o Maracanã receberá a final tão esperada

O que a grande maioria esperava, vai acontecer. Graças a um pênalti cobrado para fora de Bonucci, a Espanha vai ser a adversária do Brasil domingo, na final da Copa das Confederações. A seleção de Felipão, ainda no ritmo de “em obras”, vai pegar um time pronto e que tem o melhor futebol, mas fisicamente esgotado depois da maratona de Fortaleza. Ainda mais que o extra-campo dos espanhóis esteja bem agitado, se é que você me entende.

Penso que o time brasileiro cumpriu a sua missão nesta competição. A missão número 1 era mostrar um mínimo de organização. Isso o time conseguiu. As vitórias vieram, umas mais fáceis e outras bem suadas, como foi a última, contra o Uruguai, onde o time mostrou que há um longo caminho pela frente. Contra um time cascudo, mostrou sua “Neymardependência” e, se não fosse o pênalti defendido por Júlio César e os dois lances decisivos de Paulinho, poderia não estar no Maracanã domingo.

A Espanha é favorita por todo o histórico recente deste time brilhante que conquistou tudo o que disputou nos últimos anos. Mas como diria um amigo meu, “favoritismo se aceita, mas tem que fazer prevalecer no campo”. O time de Del Bosque é melhor, mais qualificado e está pronto. Mas pesa ao favor do Brasil, além do estádio lotado, o preparo físico espanhol, que teve um dia a menos de descanso, e o próprio clima do time, que não está tão concentrado na competição como estaria em uma Copa do Mundo.

O Brasil, para vencer no domingo, terá que fazer uma partida perfeita, que não permitirá erros e tampouco atuações apagadas, e isso quer dizer Neymar. Ele terá que fazer a diferença sobre o melhor meio-campo do mundo. Guardadas as devidas proporções, é como aquele Barcelona x Santos na decisão do mundial de clubes.  A única chance santista era Neymar desequilibrar sobre um time experiente e mais qualificado. Domingo, teremos o melhor time do mundo contra alguém que quer recuperar sua identidade, que com toda certeza será outro time em 2014.

Mas como tudo se decide em um jogo, o detalhe pode decidir. Não jogar como favorito vai fazer bem ao Brasil, que terá que desafiar os seus próprios limites.


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