JEC vence em noite de Ronan. Chape brilha mais uma vez

Cristiano Andujar / Notícias do Dia
Noite de sexta com vitória da dupla do interior na Série B.
Começando pelo jogo mais confuso, o da Ressacada.

Primeira coisa: é uma estupidez da CBF escalar trio catarinense para um confronto caseiro no Campeonato Brasileiro. É sabido que a arbitragem daqui não anda aquelas coisas. Aí é colocado na fogueira um árbitro que todo mundo conhece, sabe como age, e com o agravante do caso do clássico, envolvendo ele e Marquinhos Santos. Faltou bom senso. A FCF tem culpa? Nesse caso, não parece. Mas poderia ter pedido pra evitar. Terça, Célio Amorim fez das suas em Figueira x Chapecoense. Hoje, Ronan. Confusão que poderia ser evitada.

Agora, o jogo: o Avaí tem reclamação de sobra, mas o Joinville não tem a ver com isso e soube usar da sua defesa, sua melhor arma,pra vencer a partida. Por mais ou menos 25 minutos, o JEC estava num profundo estado de dormência em campo. Desatento e desorganizado, o time viu Ivan operar um milagre e Ronan não marcar gol em um lance complicado, que até dá pra perdoá-lo pela velocidade, além do fato que a jogada era do assistente Eberval Lodetti. Em suma: o Avaí perdeu várias chances enquanto o Joinville dormia.

Quando Arturzinho conseguiu ajustar o time pra não tomar tanto sufoco, surgiu a estrela de Carlos Alberto, que usou de muita inteligência para achar Ronaldo para fazer 1 a 0. O volante quase demitido deu a volta por cima e hoje é um dos principais jogadores tricolores. O Avaí sentiu o gol e não reagia, abusando de bolas na área e sem Cléber Santana mostrar brilho algum. Na frente, um brucutu chamado Beto, sem habilidade nem categoria de atacante. Não merece vestir a camisa 9 avaiana. Em outro lance polêmico, o JEC armou um contra-ataque, de novo com o camisa 2. Se o juiz não apitou, a jogada segue, certo? Aí o zagueiro faz uma lambança daquelas pro JEC matar o jogo com Lima e vencer sua primeira partida do ano. O tricolor tem seus méritos pela luta, e pelo sistema de marcação que dá suporte ao time.

OK, Ronan apareceu como nunca e atrapalhou tudo, por uma lambança de quem o escalou. Mas o torcedor avaiano precisa analisar o time, que tem atacantes de baixa qualidade, uma dupla de meio que ainda não desencantou e laterais que não convencem. O Joinville é um time muito unido, que está fechado com Arturzinho. Impressionante a motivação mostrada depois da 'chacoalhada' do treinador. Ainda que a campanha seja ótima, com o tricolor garantindo a segunda colocação, um novo cenário desponta para julho, com a volta do time inteiro que está no Departamento Médico. Tem gente boa pra Arturzinho arrumar lugar entre os titulares.

Finalizando: se a CBF tiver critério, tanto Ronan quanto Celinho tomam geladeira. No caso do jogo da Ressacada, colocar árbitro marcado por jogador, no caso Marquinhos, foi um tremendo erro. Tanto árbitro bom no país e coloca um catarinense em confronto do Brasileirão?


E a líder do Brasileirão finalmente estreou em casa goleando: o trator verde da Chapecoense patrolou o combalido ABC por 5 a 1 e garante mais uma rodada na liderança, com grande chance de continuar assim durante a parada da Copa das Confederações, já que o Paysandu vem aí na terça. Agora, o céu é o limite para a Chape. Marcar pontos agora significa ter uma boa gordura lá no final. Ainda falta muito, mas o começo é simplesmente sensacional.



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