Chapecoense não desiste, JEC permite o empate, com confusão na Arena

Fabrício Porto  / Notícias do Dia
O jogo de rivalidade regional na Arena parecia que seria tranquilo para o Joinville. Acabou em empate, polêmica e quebra-pau no saguão do estádio.

Empate que tem gosto de vitória para a Chape e derrota dolorida pro JEC, com confronto de ideias entre presidente e treinador, de novo.

Jogo bom no primeiro tempo, com chances dos dois lados. Pelo lado direito, o Joinville fez dois gols, com Ricardinho após corta-luz de Lima, e do próprio artilheiro, num belo toque de letra. Estava tudo certo para o tricolor, mas ainda haviam 45 minutos pela frente.

Obviamente, a Chapecoense apertou o passo no segundo tempo. O JEC ia segurando até tomar o primeiro em bola cruzada pela esquerda. Mesmo assim, o tricolor ia dando jeito de se livrar das bolas levantadas na sua área. Até que Eduardo foi expulso de forma boba depois de uma saída de bola pela lateral. Isso deixou o time sem cabeça.

Aí, o JEC se tratou de segurar o resultado. Arturzinho tirou Lima para colocar o volante Ramon para recompor e, logo depois, a defesa falhou feio no gol de empate marcado por Soares. E olha, se tivesse mais uns 10 minutos, talvez a Chape viraria.

Reprodução / Youtube
Ao final do jogo, o pau comeu, com direito a jogadores batendo boca já na saída de campo e o assessor de imprensa da Chapecoense apagar após um mata-leão aplicado por um Policial Militar. Depois chegou a torcida do Joinville no saguão do estádio e o kissuco ferveu.

A Chapecoense comemora o empate e o JEC se viu no meio de um caldeirão. Aqui há acertos e erros. Primeiro: o presidente Nereu Martinelli, de cabeça quente, falou para todas as emissoras, descendo o sarrafo no técnico Arturzinho, criticando sua escalação e praticamente o demitindo, pela segunda vez (a primeira foi após o jogo contra o Guarani, pelo Estadual). Aí, na hora da coletiva, o técnico teve que se defender atacando, pedindo respeito e criticando até o gramado da Arena. Ficou um clima terrível e pior, aberto ao público. Coisa que poderia se resolver internamente e, principalmente, de cabeça fria. Foram falar no calor do jogo, e deu no que deu.

Não sou advogado do Arturzinho. Acho que ele não foi feliz em escalar o time com um Wellington Bruno fora de forma e colocar Somália, um volante, no seu lugar depois. Mas ele não contava com a cabeça-dura de Eduardo para ficar com um jogador a menos. Aí ele foi obrigado a escolher, optando por segurar o resultado com um time de cabeça quente, tirando Lima e colocando um homem de marcação. Quando tomou o empate, não tinha força para buscar o resultado, isso é óbvio. Mas o time, no campo, não fez sua parte. Jogar toda a culpa no treinador não é justo.

Tive a informação que o presidente Nereu Martinelli não vai demitir Arturzinho. Menos mal, mas que se acertem lá dentro do CT. Time que quer subir não pode ser desunido. O discurso tem que ser um só. E além do mais, não é justo tirar um técnico que está no G4 do campeonato. Aí é capaz de trocar treinador e colocar alguém que piore a situação. Segue o bonde que o tricolor tem dois jogos fora de casa, com boas chances de pontuar.

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