Marquinhos, Cléber Santana e a raça fizeram a diferença no clássico

Antonio Carlos Mafalda / Divulgação / Notícias do Dia
Um clássico que os avaianos não vão esquecer e os alvinegros vão querer apagar rapidinho da memória.

Um clássico que Marquinhos e Cléber Santana, tão criticados e que não jogaram o que se esperavam deles até agora na Série B, apareceram.

Some-se a isso o único time que realmente entrou vibrante em campo, muito ao contrário do adversário, e você tem o vencedor da partida. Esse clássico não tem vencedor de véspera. Avaí 3 a 1 de forma incontestável.

O Avaí jogou como uma final de Copa. Precisava da vitória não só para dar uma arrancada na classificação, mas para dar uma resposta para a torcida e para todos que não acreditam nele. O time "comeu grama", foi trabalhando, e o Figueirense aceitou a pressão. Não mostrou a mesma atitude, errou muitos passes, não foi contundente o suficiente, e quando Adilson pensou em mexer o time, já estava 2 a 0.

O gol de Wellington Saci no final do primeiro tempo deu esperança ao torcedor alvinegro. Mas na etapa final, faltou futebol. Mesmo com Ricardinho entrando no ataque, a posse de bola aumentou, mas isso não se transformou em chances de gol. O Avaí parecia estar perdendo o fôlego, mas conseguiu a tranquilidade após um passe ultrapreciso de Eduardo Costa para Marquinhos, que sozinho, não teve dificuldade para passar por um Neneca desajeitado e desesperado fora do gol. Era o golpe final de mais um clássico.

É apenas um jogo de um campeonato de 38 partidas, mas que traz efeitos enormes e imediatos. Hemerson Maria (invicto em clássicos, 3 vitórias e 1 empate) vai ter tranquilidade para trabalhar e uma moral elevadíssima, com um time que lutou e sai do Scarpelli com ânimo lá em cima. Aliás, o treinador achou uma solução interessante, com Marquinhos jogando mais avançado. Não é garantia que tudo mudou, até porque uma boa fase se estabelece com uma sequência. Mas o efeito psicológico da vitória é notável.

Já o derrotado Figueira leva consigo toda a nuvem negra que pairava no sul da ilha. Adilson será cobrado pelas suas opções e, principalmente, pela forma com que aceitou o resultado, sem pressionar ou lutar pra isso. Mesmo ainda vivo na briga pelo acesso, a dolorida derrota em casa vai lhe trazer muita dor de cabeça.


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