Drubscky foi demitido do JEC pelas invenções. Mas o problema não é só esse

Juliano Schmidt / Portal Joinville
Como era esperado, o Joinville demitiu na manhã de hoje o técnico Ricardo Drubscky. Com a quinta derrota em casa, as chances de acesso diminuem em cada rodada e, após o jogo com o ABC, ele não aguentou. Sua falta de coerência nas escalações, falta de padrão tático e entrosamento culminaram na sua saída.

O presidente Nereu Martinelli, até pouco tempo atrás, o segurava com unhas e dentes. Com os maus resultados, não teve como segurar. Ontem, ele errou mais uma vez nas alterações, ao tirar Naldo, que fazia boa partida, e manter Lima em campo quando Edu jogava melhor, para a entrada de Edigar Junio.

Mas o problema não é só esse. O treinador errou, é verdade, mas o grupo tem problemas sérios e que aparentemente não são resolvidos.

Basta resumir na frase do goleiro Ivan na saída para o intervalo do jogo:"A torcida tem razão em cobrar. Tem jogador doido pra acabar o ano e sair daqui". Ao trazer o problema para o público, é sinal de uma bomba que explodiu e começa a cheirar mal do lado de fora. Qual, ou quais são os problemas? É sabido que o lateral Eduardo, por exemplo, não está focado no clube. Disse antes do jogo que "não precisa provar nada pra ninguém" e tem falhado seguidamente. Perdeu a titularidade em Chapecó, mas voltou com a lesão de Carlos Alberto. Por mais que ele tenha uma história no clube, sua situação atual não permite elogios. Falta comprometimento. E tem mais: Lima, que é o artilheiro do time, falha em momentos-chave. Thiago Feltri, que veio a peso de ouro com salário pago pelo patrocinador, veio, fez um jogo como titular e já sentiu. Wellington Bruno, na mesma situação. O zagueiro João Paulo, pelo jeito, veio para fazer turismo em Joinville. Tem coisa errada aí.

Eu já escrevi aqui e repito: time desunido não vai pra frente e não vai conquistar o acesso. Não basta o presidente trocar o técnico com a falta de união do elenco que já foi escancarada. Tem que botar ordem no grupo como um todo. E isso vai ser responsabilidade única e exclusiva de Martinelli, que centraliza o comando do clube e do seu futebol. Ainda há tempo, mas está acabando.

Sérgio Ramirez, que é funcionário do clube e era auxiliar de Drubscky, foi efetivado até o final do ano. Nereu optou em não trazer outro nome. Se ele vai dar jeito em um elenco quebrado ao meio, só o tempo dirá.


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