Sangue nos olhos e sonora goleada alvinegra na Ressacada

Daniel Queiroz / ND
Nem o mais otimista torcedor do Figueirense imaginaria.

Quatro a zero no primeiro tempo. Um passeio. Um time focado, com "sangue nos olhos", como disse o goleiro Tiago Volpi, que patrolou o Avaí como se o time estivesse navegando em águas tranquilas na Série B.

Quarenta e cinco minutos que apenas um time jogou e chocou a torcida da casa. Tudo deu certo para o Figueirense, que abriu o placar em um escanteio, viu Rafael Costa entortar dois marcadores para fazer o segundo, a caneta de Maylson na zaga avaiana e o gol de cabeça no final, quando todos já estavam atônitos perguntando o que estava acontecendo. Some-se aí a irresponsabilidade de Alex Lima, que pisou em Rafael Costa para ser expulso e o placar que poderia ser ainda maior, não fosse o gol do próprio Rafael mal anulado pela arbitragem. Em um segundo tempo em ritmo de treino, o Avaí só tratou de evitar vexame maior, mas o estrago aumentou com o pênalti perdido por um desmotivado Cléber Santana.

O que motivou tudo isso? Além de uma evidente falta de foco do Avaí, que não respeitou o adversário e em nenhum momento mostrou garra ou vontade de virar o resultado, o Figueirense entrou em clima de final de Copa do Mundo, mesmo tendo ainda chances remotíssimas de acesso, diria eu inexistentes. Mas era
a oportunidade perfeita para dar uma satisfação para a torcida, que durante a semana pediu um último esforço para melar a festa do adversário.

Para o Avaí, fica a pergunta: qual será o estrago causado pela goleada para o rival? Se fosse uma derrota para qualquer outro time, seria menos pior. O time ainda tem boas chances de acesso, apesar do resultado colocar times como o Joinville na briga direta. Na chuvosa tarde de domingo, o time de Hemerson Maria tomou um banho de bola como há muito não se via, tomando quatro gols em metade do tempo. É juntar os cacos, recuperar o time o quanto antes e seguir em frente.

O torcedor alvinegro que se sentia machucado e aliviado terá bons dias pela frente. O que uma vitória no clássico não faz.


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