Sábado de polêmica e uma senhora virada

Polêmica é um dos ingredientes mais fortes do futebol, assim como o drama também está presente neste esporte. No sábado do catarinense, as duas palavras apareceram, em Criciúma e Itajaí.

J. Éder / Rádio Eldorado
No Heriberto Hulse, o Brusque voltou a jogar bem contra o Criciúma. Arrumadinho, marcando bem, jogando de igual pra igual contra um time infinitamente mais caro. O Tigre tinha em Paulo Baier a sua válvula de escape, mas sem passar por Vanderson. Ricardo Drubscky deu uma baita de uma mão para o Brusque, tirando Serginho e destruindo o meio-campo do seu time. Eydison perdeu um gol de frente para Galatto, coisa imperdoável para alguém que tem que ser a referência.

E quando o jogo caminhava para o empate... apareceu o árbitro. Baier domina, agarrado na camisa de Eurico, clara falta de ataque. O camisa 10 desaba e... pênalti. Vitória tricolor, ótimo resultado de um time que ainda não me convenceu. Quatro pontos conquistados, um em Joinville e três em casa, em situações duvidosas. Sorte do técnico, que mesmo vaiado, não arrumou motivos pra ser questionado pela diretoria. Já para o Brusque, fica uma lição, que é a mesma do Joinville em outras rodadas: de nada adianta ter a posse de bola, se não chutar. O time não merecia perder no Majestoso, é verdade, mas também não merecia vencer pela inoperância do seu ataque. O Tigre segue em frente encaminhando sua classificação. Mas com um time que não convence. Drubscky fez tudo pra não vencer a partida, mas venceu.

Flávio Tin / Notícias do Dia
Agora, o jogo de Itajaí. Dois a zero para o Avaí no fim do primeiro tempo, domínio tranquilo, sem dificuldades. Mesmo sem Cléber Santana no time, o Marcílio Dias era facilmente dominado. Aí, chegou o pênalti da discórdia. Pode parecer um comentário de obra pronta, mas penso que, numa situação dessas, Marquinhos deveria chamar a responsabilidade e bater. Se ele perdesse, o efeito seria menor que a defesa de Rodolpho na cobrança de Betinho. O erro acendeu o Marcílio Dias, que conseguiu a virada em cima de um Leão perdido.

E aí que a derrota começa a cair na conta de Emerson Nunes. Vamos tentar esquecer o pênalti perdido, ainda que foi o lance decisivo do jogo. Mesmo assim, com dois gols de diferença, o técnico não soube armar o time para segurar o adversário. Fora de casa, final do jogo, é bola pro mato. Some-se aí a escolha de Arlan no time titular no lugar de Bocão, que entrou na seleção da rodada passada e a saída de Tinga, que bagunçou o time. Mostrando nervosismo na coletiva, ele perdeu o jogo na sua inexperiência. Isso tem que ser considerado. Perdeu três pontos importantes, e terá jogos difíceis contra JEC e Criciúma pela frente. Ganhou um peso que poderia ter evitado. O Marcílio Dias também merece todos os méritos por ter acreditado, ido pra cima e ralado o traseiro no chão até o final. Afinal, soube aproveitar uma senhora brecha deixada pelo adversário.


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