A dura realidade do hexagonal

Eduardo Valente / ND
Os seres humanos dotados de inteligência que bolaram o regulamento do Estadual ou o aprovaram criaram o hexagonal da morte sem saber das suas consequências técnicas e econômicas. Campo ruim em Jaraguá e público ultra-reduzido na Ressacada são amostras disso. Aliás, o Avaí sentiu e vai sentir no caixa o prejuízo. Vai pagar (caro) pra jogar em casa. E pra quem não está bem das pernas, a conta dói mais. Os clubes pequenos também, mas em escala menor

E o resultado de Floripa dá o recado de que só o nome não vai segurar time na primeira divisão. Deu pra ver o Marcílio Dias cheio de vontade para derrubar o Ibirama fora de casa e o Juventus jogando com todas as dificuldades pra se salvar, mesmo tendo um jogador preso por embriaguez ao volante.

E o Avaí que se cuide: um time derrubado psicologicamente, tomando gol de jogador que faz fila pra entrar na área. O hexagonal da morte (ou "Taça Santa Catarina", nome chumbrega que a FCF arrumou) não tem nada de glamour. Tem que jogar na raça porque o prejuízo de ser rebaixado é incontável, ainda mais se for um time grande.

Pessoal se reforçou e vai ralar a bunda na grama pra se manter. E vai querer tirar uma casquinha dos primos ricos que cairam juntos pro inferno do hexagonal. A Chapecoense foi penalizada pelo mau início de campeonato, enquanto o Avaí vai pelo conjunto da obra. E é bom ficar de olho e refletir muito no que está errado, antes que seja tarde. O técnico Paulo Turra declarou estar "extremamente tranquilo" com a situação. Enquanto isso, a torcida está apavorada.



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