Mais uma mancha no "melhor campeonato de todos os tempos"

Agressão ao cinegrafista Fabiano Correia
Voltei de Florianópolis ouvindo Marcílio Dias x Ibirama. Pouco me importei com o que acontecia com o Brusque. Vou falar sobre isso no final do texto.

Recebi mensagem de um torcedor marcilista, que me disse que "pra você ter uma ideia, a revolta do torcedor marcilista era a mesma do pessoal do Brusque ano passado. O que esse árbitro fez não existe".

Torcedor não é bobo. As imagens estão aí. O comentarista da Rádio que eu ouvia dizia: "esse jogo está muito esquisito". E torcedor revoltado vira uma bomba relógio. Descarrega sua emoção na hora. Conheço muita gente que é calma no dia-a-dia mas vira bicho numa arquibancada. Como algo estranho acontecia no jogo, com uma atuação abaixo da crítica do Marcílio e uma arbitragem polêmica de um desconhecido árbitro chamado William Steffens, que expulsou jogadores marcilistas a esmo, marcou um pênalti inexistente, deixou o campo, voltou, não marcou um pênalti para o Marcílio e terminou o jogo aos 40 minutos. Aí o caldo ferveu.

Duas vítimas do sábado. Uma foi o presidente da Federação, que resolveu ir embora no meio da confusão. Ainda que eu tenha minhas convicções de que a gestão do futebol catarinense precisa tomar outro caminho, nada justifica o que aconteceu. Não é assim que vai se resolver alguma coisa, ainda mais contra uma pessoa idosa, ponto. A Polícia agiu com rapidez.

Rapidez que não aconteceu para achar o responsável pela agressão ao companheiro Fabiano Correia, da RICTV Itajaí, que tomou uma garrafada. Só quem já passou por isso, e quem me conhece sabe que eu não sou muito de tocar no que aconteceu comigo em 2010, sabe o tamanho da revolta. Jornalista esportivo abandona o seu final de semana pra viajar pelo Brasil, as vezes perde datas importantes pra transmitir futebol. E acaba tomando bordoada. Solução pra isso? Nenhuma. Ninguém é punido como deve.

Vamos falar do Brusque, que caiu. Prejudicado? Sim. Mas era um prejuízo totalmente evitável. O time poderia ter evitado, nas nove rodadas anteriores, ter que depender do último jogo para não cair. Após perder de 3 a 1 para o péssimo time do Ibirama, passou a precisar de um resultado. E quando o time entra nessa situação, tudo pode acontecer. Não vi o jogo em Itajaí, mas pela revolta, logo quem, dos torcedores da casa, dá pra dizer que algo estranho aconteceu.

Mas isso faz parte. O time que teve três treinadores no hexagonal poderia fazer melhor. Com um elenco rachado, com jogadores sem comprometimento, o caminho estava traçado. A queda de rendimento era flagrante. Eu não sei qual será o futuro do futebol brusquense, já que o time só voltará a campo na metade do ano que vem. Mas deixa a mensagem de que o clube precisará ter mais profissionalismo, pois não soube administrar um racha no elenco que era flagrante. Nem Joceli, nem Lio resolveram. E não sei se o Guardiola resolveria.

É triste, mas é a realidade, para tristeza do torcedor brusquense. E uma ironia: o torcedor que gritou "eliminado" pro JEC no Augusto Bauer, hoje vê o time rebaixado pro Chevettinho 2015 e o tricolor na final. Coisas do futebol.


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