Passou o hexagonal, agora é foco na final

Carlos Junior / Notícias do Dia
O hexagonal terminou sem aquela famosa emoção de uma última rodada. A decisão já estava definida com mando de campo e tudo. Para quem está na final, houve oportunidade para descansar titulares e zerar os cartões amarelos para a final. Cada time tem problemas isolados, mas agora é foco na final. Domingo que vem começa a batalha entre Figueirense e JEC, no Scarpelli.

Com o adiamento dos confrontos da Copa do Brasil, o Figueirense terá todo o tempo do mundo pra esse jogo, coisa que o Joinville já tinha, depois da eliminação para o Ituano. Isso tem um lado bom e outro ruim: tempo suficiente para treinos, recuperação de atletas, estudo do adversário e concentração para a final duelam contra a ansiedade que todos tem para uma decisão. Como ambos os times sobraram na reta final da segunda fase e se classificaram com boa antecedência, a "pilha" da final já começou lá atrás, e isso pode ficar remoendo na cabeça dos personagens até o pontapé inicial do primeiro jogo. Cabe às comissões técnicas manter a turma com os pés no chão para não entrarem pilhados demais, tipo Wellington Saci, que não pode ver um jogo contra o Figueira que entra maluco em campo.

Saci não joga a primeira final, e acredito que não jogue a segunda também. O JEC contará na decisão com importantes jogadores que passaram todo esse tempo se recuperando. Jael e Marcelo Costa já retornaram e Anselmo está voltando. Ainda que Hemerson Maria tenha achado um esquema que funcione bem para o estadual, com Tiago Luis na meia e Kempes e Welinton Jr. na frente, é inegável que ter 3 dos campeões brasileiros da B de volta ao combate ajuda e muito.

Do outro lado, Argel dificilmente contará com Rafael Bastos e espera que Leandro Silva possa estar em campo no jogo de volta. Uma reunião nesta segunda pode definir o tratamento dele sem cirurgia. Sem este último, ele fatalmente terá que improvisar no setor em casa e sabe que o adversário tentará jogadas por ali.

Quando o JEC jogou pela primeira fase no Scarpelli, o que se viu foi um time ultra-recuado torcendo para o jogo acabar contra um Figueira que entendeu o recado e foi para cima, e acabou vencendo. No hexagonal o tricolor mostrou outra cara, com ousadia e vontade de vencer fora de casa, como no convincente triunfo em Chapecó. Argel acredita ser um confronto "50-50", e vou com ele. Mas ele sabe que terá que fazer um placar em casa, já que o JEC terá a Arena abarrotada de gente e uma vantagem do regulamento na volta.

Chegaram os dois melhores, com um grande equilíbrio. Foco na final, que promete ser boa. Diria eu melhor que a do ano passado.


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