A queda de Adilson Batista, em dois momentos

Fabrício Porto / Notícias do Dia
Se fosse uma peça de teatro, daria para dividir a passagem de Adilson Batista pelo Joinville em dois atos. Um passa diretamente pelos resultados conquistados em campo, e outro pelo efeito que ele causou dentro do plantel tricolor.

No campo seu aproveitamento foi de 26,6%, com duas vitórias, contra Goiás e Figueirense. O time mostrou uma inconstância, e o que aparecia como acerto não se repetia no jogo seguinte. Na partida contra o Santos, ele apostou em um esquema que lhe rendeu a vitória em Florianópolis. Até aí tudo bem, até porque o time mostrou uma singela evolução no empate com a Ponte Preta. Deu tudo errado na Vila. Nenhum chute a gol. Um time desnorteado em campo, que pareceu ter regredido não só à estaca zero, mas abaixo dela. Não houve o estabelecimento de uma sequência, que pudesse trazer um progresso. A conta é simples. Em uma partida, Marcelinho Paraíba nem era relacionado. No jogo seguinte era titular. Só para citar um caso.

Além disso, Adilson recebeu carta branca e acabou mudando profundamente o elenco. Sabidamente, e ele declarou isso mais de uma vez em entrevistas, ele não gosta de ter um esquema tático com o tal "homem de referência". Essa foi a deixa para Jael ir embora. Depois foi Rafael Costa, depois Sueliton, o melhor lateral do time, rumo ao Figueirense. Na lista também tem Bruno Aguiar, afastado, Tripodi, que nem foi usado, e Paraíba, outro que em dado momento não caiu nas graças do treinador.

Mais do que maus resultados, Adilson foi um tornado que devastou o plantel do Joinville. O novo técnico terá trabalho dobrado para reconstruir a casa, pegar os jogadores que estão lá e tentar fazer um time competitivo, contando ainda com um mercado que não é péssimo nessa época do ano. Agora, só milagre salva.

Vamos aguardar a escolha de Nereu Martinelli.





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