Empate em um jogão de 45 minutos

Para resumir o empate da Chapecoense e Figueirense bastam 45 minutos. Quem imaginaria que depois de um primeiro tempo insosso e sem graça viria uma etapa final tão quente?

Não foi um primor técnico. Teve até um viés de maluquice, que começou no presente de Saimon para o gol de Bruno Rangel. O gol de falta de Tiago Luis poderia ser um prenúncio de fim daquela escrita ruim da Chape em casa contra o Figueira. Mas o jogo não havia terminado.

O confronto tem rivalidade, e até levantei durante o jogo uma declaração de Argel em março, que declarou que pararia com o futebol caso perdesse para Sandro Pallaoro, o presidente verde.

Uma coisa precisa ser exaltada aqui: tem muito time que toma 2 a 0 no segundo tempo e deixa de lutar, apenas jogando de forma burocrática esperando o final do jogo. O Figueira não baixou a crista. Foi feliz, é verdade, no cruzamento quadrado que terminou no belo gol de Dudu e no chute certeiro de Marcão, logo quem, o tão questionado Marcão.

É o tipo do resultado que, no fim, não é bom pra ninguém. A Chape perde pontos importantes em casa que poderiam jogá-lo mais acima na tabela, enquanto o Figueira caiu posições entrando em um grupo de quatro times com 20 pontos, no limite da zona de rebaixamento. Mas há um ingrediente emocional importante, que pode ser identificado na sempre incendiada entrevista de Argel. O time precisava de algo como o jogo de hoje para ganhar uma nova energia para o segundo turno. O técnico soube capitalizar isso, e traz a torcida junto. Já a Chapecoense não entra em crise com o resultado, mas tem em casa a maior válvula de escape para não correr risco. Perdeu dois pontos.



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