Vibração que levou o Avaí à vitória

Jamira Furlani / Avaí FC
O clássico da capital tem o poder de pulverizar crises. Ou atraí-las, em caso de derrota.

Gramado encharcado, escorregadio.

Nada de jogo aberto. Primeira palavra era cuidado.

Um jogo meio sem graça, até a bola esticada na direita que Leo Gamalho cruzou. A bola foi no pé de Renan Oliveira. De lá para o gol.

O jogo teve contrastes. O Figueirense continuou mostrando a cara de René Simões. Time burocrático, sem vibração, faltando aquele sangue no olho que Argel havia colocado no grupo. Teve lance polêmico de pênalti? Teve sim. Mas para quem estava com o time mais completo e jogando em casa, cadê o volume de jogo?

Futebol tem disso. Quando se sabe que o time está muito desfalcado, vem a energia do grupo para equilibrar. O Avaí teve mais foco no jogo. Brigou mais. Acabou premiado no final. Gilson Kleina acertou nas substituições. René errou feio.

Agora, a pressão cai toda pro lado do Figueira, que entra na zona de rebaixamento empurrado pelo seu rival, que terá dias mais tranquilos para trabalhar e pensar nos desafios que tem pela frente. Prestes a completar um mês de trabalho em Floripa, René Simões, que já estava questionado pela torcida, acabou demitido após o jogo pela diretoria que errou na sua contratação e agora vai procurar corrigir o erro de forma imediata. Seu time perdeu quase tudo que Argel tinha deixado de bom. Isso é péssimo para o torcedor alvinegro, que começa a sentir, agora mais do que nunca, o fantasma do descenso rondando.

Coisas desse clássico. O Avaí foi, venceu, e deixou toda a pressão no gramado do Scarpelli. Tá voltando pra casa bem mais leve.



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