Top 10 dos micos do futebol catarinense em 2015

Terminou um ano conturbado no futebol de Santa Catarina. Trapalhadas mil, muitas ações do tapetão e, claro, troféu de campeão roubado. No fim, deu pra separar os dez principais. Lista pronta, vamos lá.

Eis o tradicional Top 10 dos micos do futebol de Santa Catarina em 2015!

1 - Pepinão 2015: O número 1 da lista foi o mais fácil de todos. O campeonato bradado pelo presidente da FCF como "o melhor de todos os tempos" teve três times escalando jogador irregular, decisão acontecendo mesmo sabendo que poderia dar problema e, fechando com chave de ouro, a "taça" mais feia já entregue nesse Estado roubada da Toca do Coelho. A tampa de pepino sumiu, e não se sabe se está na casa de alguém ou repousando no fundo do rio Cachoeira. O final todos sabem: a volta olímpica (que eu e muitos outros narraram) não valeu em nada e o campeonato ficou sob júdice durante meses até a decisão do STJD. Culpa dividida entre o Joinville, que não deveria ter escalado André Krobel em um jogo que não valia absolutamente nada, e a FCF, que poderia ter adiado a decisão até que o tapetão resolvesse a questão. No fim das contas, o presidente nunca mais vai poder dizer que "todos os seus títulos foram decididos dentro de campo".


2 - Os irregulares: Nada menos que três times foram punidos pelo TJD no Estadual pela escalação irregular de jogadores. De dez times, três! Algo inconcebível no futebol profissional. JEC e Marcílio Dias caíram na regra do atleta que precisa ter contrato profissional aos 20 anos, mas o Avaí foi além: escalou Antônio Carlos sem contrato vigente! A entrevista coletiva do presidente avaiano foi de um total constrangimento, porque não havia absolutamente nada a fazer. E virou até perfil fake do "Paulo dos Contratos" no twitter.

3 - Não me conhece? Procura no Google: A entrevista mais cômica do esporte catarinense coube ao colega Emerson Luis, da RICTV Blumenau. Foi com essa frase que Leonardo ficou famoso após o seu show de humildade. Contratado pelo Metropolitano e anunciado pelo clube como de "currículo invejável"e "o jogador que colocou Van Persie no banco do Ajax" (detalhe: o holandês jogou no Feyenoord), foi apresentado com pompas no Sesi após a derrota para o Guarani. Perguntado pelo repórter, sobre a sua carreira, ele pediu que o pesquisasse no Google, como se todo mundo o conhecesse. Pra piorar, deu entrevista à ESPN dizendo que o Metrô não era do seu nível. Acabou não ficando por estar totalmente fora de forma. Número 3.

4 - Presidente do Avaí toma intimada da esposa, via Facebook: não bastasse o rebaixamento, o presidente avaiano poderia ter ficado sem essa. Sua esposa usou da rede social para exigir que ele deixasse o comando do clube, sob pena receber um "ai dele se não me escutar!!!". No fim das contas, ele teve que explicar a "prova de amor" da esposa e ganha lugar aqui na lista.






5 - O twitter maluco do JEC: após a vitória sobre o Figueirense, em outubro, alguém usou da conta do twitter do Joinville para disparar tudo que é tipo de provocação e gozação, que na sequência era deletado. Durante uma hora, todos se divertiram com o fato, que expôs a falta de cuidado do clube com as suas redes sociais, que declarou que a conta foi supostamente invadida. Eu mesmo tomei xingamento do então assessor de imprensa por ter criticado isso (e não reproduzirei aqui). Se tivesse mais cuidado, isso não aconteceria, né?



6 - Guindaste para transmitir som de torcida: talvez uma das ideias mais curiosas e sem noção já vistas no futebol nacional: punido com a perda do mando de campo, a partida do JEC contra o Palmeiras aconteceu com portões fechados. Alguma mente brilhante teve a ideia de transmitir o som da torcida para o estádio através de um guindaste colocado do lado de fora do estádio. Tava na cara que a ideia não ia colar: o delegado do jogo mandou suspender a iniciativa, que iria fazer o som da torcida chegar no estádio com 5 ou 6 segundos de diferença. E o clube pagou o aluguel de guindaste, que não é barato, pra nada.



7 - Blumenau Esporte Clube: o maior exemplo de desorganização do futebol catarinense em décadas. O time colocou jogadores irregulares na segundona em quase todas as partidas. E não eram um ou dois não. Eram nove, dez, quatorze jogadores sem registro entrando em campo. O TJD sacou os pontos e condenou o clube, que teve que pagar multas. Ah, tem mais uma coisa: mesmo condenado ao rebaixamento com tanta bagunça, houve um senhor disposto a assumir a presidência do clube no meio do caminho. Não deu em nada, e o BEC teve mais uma vez seu nome achincalhado.



8 - Dagoberto, contratado pelo Whatsapp: Amigo jornalista deu o furo numa bela manhã, colocando nas redes sociais uma suposta conversa do então atacante do Vasco com Carlos Arini, e ainda bancando como verdadeira a contratação dele pelo Avaí. Não adiantou apagar. Virou alvo de gozação e fica entre os dez do ranking ao fim do ano. E não foi obra do @migueldebate.













9) Demissão pelo sistema de som: Essa aconteceu na querida Ibirama, onde o time do Atlético não fez boa temporada e dependeu de um empate amigo com o Avaí para permanecer na primeira divisão.  No final do ano, acabou desistindo do campeonato e fechando as portas, para talvez nunca mais voltar. No dia 25 de fevereiro, o time recebia em casa o Metropolitano e, em mais uma terrível atuação acabou perdendo por 3 a 1. O jogo estava na reta final quando algo inédito aconteceu: pelo sistema de som do estádio veio o recado: "Atenção gerente de futebol (Giovane Nunes), favor comparecer na sala da presidência". Não precisava falar mais nada. Era o presidente chamando o gerente para demitir o técnico Silvio Criciúma, que ouviu tudo na beira do gramado.

10 - Coletes fedorentos para a imprensa:  Nesse ano, a FCF arrumou duas cotas de patrocínio com a TIM e a Multisom e obrigou os repórteres de campo a usarem um colete verde e vermelho que causava sufoco aos mais gordinhos. Só que, apesar da Federação faturar um com essa iniciativa, faltou gastar com a lavação dos coletes. Pessoal da imprensa que foi transmitir Inter de Lages x Figueirense sofreu: a rodada anterior aconteceu debaixo de chuva, e os coletes foram guardados com muito carinho, sem um amaciante sequer. Chegou o domingo e a turma da reportagem sofreu com o mau cheiro. E se tentassem tirar o dito cujo, tinham que se retirar de campo.

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