Conjunto da Chape dispara, e JEC vai retornar à era HM

Márcio Costódio / Brusque FC
As duas principais histórias do final de semana foram a disparada da Chapecoense rumo ao título do primeiro turno do estadual e a crise enfrentada pelo Joinville depois da derrota em casa para o Avaí. Enquanto um está tranquilo e com a faca e o queijo na mão para se garantir na final, o outro vai usar de uma "volta ao tempo" para tentar se reerguer.

A vitória da Chapecoense sobre o Brusque foi bem semelhante ao jogo de quinta em Tubarão, quando o Verdão bateu o Avaí. Gols desperdiçados, grande atuação de Danilo e gols criados em jogadas de trabalho coletivo, de um time que tem o diferencial de ser o único que mostra algum tipo de qualidade na armação de jogadas com participação de parte do time. Foi assim no Augusto Bauer. O goleiro da Chape fez três grandes defesas e ainda viu uma bola na trave do Brusque. Se segurando lá atrás, acabou marcando em duas jogadas bem trabalhadas, no cruzamento de Dener para Kempes e no escanteio batido no primeiro pau para o gol de Neto. O time de Guto Ferreira chega a 13 pontos, ganhando as três fora de casa, com a oportunidade de garantir a ida na final nos dois jogos seguintes na Arena Condá contra Figueira e Metropolitano. O Criciúma, que hoje é o perseguidor, convenceu contra o Figueirense no Scarpelli, mas perdeu terreno após a derrota em Lages para o Inter, onde não viu a cor da bola. Terá que fazer sua parte e secar o adversário, a ponto de ter a condição de ultrapassar a Chapecoense na última rodada, quando os times se enfrentarão na Arena Condá.

Na Arena, o Avaí foi superior ao JEC, venceu a partida e deu mais uma prova que os atletas do clube se desdobram para ter bons resultados mesmo com toda a bagunça fora de campo. O resultado expôs toda a bagunça da semana do tricolor, com o quase ex-presidente Nereu Martinelli criticando abertamente o agora ex-técnico PC Gusmão e o elenco, criando um ambiente insustentável. Veio a derrota justa, e a esperada demissão em seguida.

Assessoria JEC
O Joinville optou pela volta no tempo. Trará Hemerson Maria de volta, junto com o preparador físico demitido há pouco tempo. Ele conquistou o maior título do clube e conta com o carinho de muitos torcedores. Mas a comparação para por aí, já que ele foi demitido depois de um mau início no Brasileirão com um clima nada bom e, principalmente, não é garantia de salvação porque o elenco de 2016 é muito pior do que aquele que conquistou o campeonato brasileiro. No ataque mesmo, a diferença é enorme, com três jogadores de baixíssima qualidade. Mas penso que deve ter pesado a proximidade, a pedida salarial (PC ganhava cerca de 55 mil reais de salário) e o conhecimento de parte do elenco para sair da crise o quanto antes. Hemerson não terá culpa se o time não for à final do Estadual. Penso que João Carlos Maringá errou feio na montagem do elenco, e talvez essa seja a grande decepção da torcida tricolor, que esperava que ele montasse algo próximo do que fez na Chapecoense e teve que lidar com jogadores como Wellinton Junior, Felipe Alves e Ítalo para fazer gols.




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