O efeito Silas

* Coluna publicada no "Notícias do Dia" de 31/03/16

Silas não foi a primeira opção do Avaí para o lugar de Raul Cabral no comando do time, mas depois de ouvidas as reações das redes sociais e de Marquinhos na entrevista coletiva, veio a escolha por um nome que o torcedor do clube conhece e a maioria gosta. E eu concordo. Diante do que vinha sendo especulado e dentro de uma realidade financeira, era a melhor opção.

Como primeiro impacto dessa mudança, o clube perde um pouco de peso sob as suas costas. A saída de Raul Cabral foi desgastante e a semana pós-derrota para o Joinville vem sendo tensa, tendo no vazamento do áudio do volante Braga mais um componente para bagunçar. Como Silas não é qualquer técnico por ter no currículo um acesso, um título estadual e uma ida à semifinal da Copa do Brasil pelo Avaí, a própria torcida vai dar um tempo na pressão e estipulará uma trégua até que a Série B comece. 

Acontece que o Avaí que Silas encontrará é bem diferente daquele que ele treinou em 2008 e 2011. Vai ter que mostrar também a sua parte de paciência. O clube continuará a ser cobrado, já que o elenco atual é fraco e precisará ser reforçado mesmo com o caixa reduzido. A diretoria, que em 2016 ainda não acertou nas contratações, agora não poderá se escorar na imagem do técnico para justificar a má campanha. Que tratem de dar condições de trabalho, caso contrário, nem Guardiola resolve.

Empate mentiroso

O pessoal lá do Paraguai deve estar revoltado com a sua seleção. Jogo sob controle, contra um Brasil que se escondia nas linhas de marcação e não tinha padrão algum para a criação de jogadas. Chegou o segundo tempo, o time recuou demais e a seleção de Dunga, na base do "vamos pra cima", conseguiu o empate e quase virou a partida. Mas ficou para nós a decepção de ver mais uma vez um time sem criatividade, lento, que está longe de ser um grupo confiável para uma Copa do Mundo. Há uma grande distância até as duas próximas rodadas, contra Colômbia e Equador, que vivem boa fase. Mas o torcedor brasileiro começa a sentir que há uma possibilidade do Brasil não disputar a próxima Copa. Ainda acho isso improvável, mas é necessário que algo aconteça para ontem. Dunga não sabe o que fazer.

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