Uma estreia favorável
Um empate no Equador não seria mau resultado. Acabou em vitória
na altitude, e com um placar de 3 a 0. A estreia de Tite não poderia ser
melhor. De quebra viu Gabriel Jesus desequilibrar e dar um pontapé inicial
muito bom nesta nova era do futebol nacional.
Não houve evolução tática, e nem haveria tempo para isso.
Mas o que é inegável é que o time entrou muito mais ligado em campo. Penso que
esse trabalho de recuperação começou ainda na Olimpíada, mesmo que o elenco não
seja exatamente o mesmo. O resultado no Rio ajudou a criar um clima menos
pesado no trabalho de Tite. E, com um time focado, fica mais fácil para jogar.
O resultado dá um enorme alívio e põe o Brasil mais longe da
preocupação na tabela de classificação das Eliminatórias. Com certeza, a
expressiva vitória cria outro tipo de relacionamento com a torcida, que andou
muito machucada na era Dunga. Aparece aqui um desenho do novo time nacional,
com Casemiro ocupando seu espaço como volante, enquanto Gabriel Jesus, que vai
para a Inglaterra ganhar ainda mais experiência, aparece como companheiro para Neymar,
que passou por uma boa lição durante os Jogos Olímpicos.
Enfim, apareceu uma seleção que voltou a ser seleção, ainda
que num estágio bem inicial. Sem dúvida, é um avanço. Primeira barreira
ultrapassada, veremos como vai ser contra o bom time da Colômbia. Com boa
vontade e aplicação, poderemos ter prazer em ver de novo a seleção jogar.
Mas é inegável que Tite tem estrela. Não esperava que Jesus
(o jogador) desequilibrasse o jogo a tal ponto de garantir um três a zero.
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