Catarinense 2017: Chapecoense




ASSOCIAÇÃO CHAPECOENSE DE FUTEBOL
Fundação: 10 de maio de 1973
Cores: Verde e Branco
Estádio: Arena Condá (Municipal)- 20.000 lugares
Presidente: Plínio Arlindo de Nes Filho
Técnico: Vagner Mancini
Ranking "BdR" 2016: 1o. Lugar
Catarinense 2016: Campeão




Os olhos do Brasil estão voltados para a Chapecoense. A tragédia que talvez nunca mais esqueceremos chamou a atenção do planeta para o time do Oeste que nós, em Santa Catarina, já conhecemos da sua história e da sua caminhada que iniciou lá de baixo, com um iminente fechamento de portas e rebaixamento para a segunda divisão do Estadual, até a escalada nas séries do campeonato nacional que culminou em uma permanência sem sustos na Série A e um título sul-americano, que colocará o Estado na Libertadores 25 anos após o excelente Criciúma de Levir Culpi em 1992. Sem boa parte da diretoria que levou a Chape ao alto, a comunidade se engajou, com o apoio de um mundo todo, para reiniciar a vida. O novo presidente, Plínio Arlindo de Nes Filho, o Maninho, capitaneia o processo, recebendo a confiança de toda uma comunidade. Quem conhece os bastidores do clube sabe que ele tem, desde 2009, um papel importante na gestão do clube, sem ser o presidente de fato. Agora ele é, dando garantia que a Chape está em boas mãos.

Cada personagem desse conto de renascimento tem o seu lugar na história. A nova diretoria trouxe um executivo, Rui Costa, que tem seu banco de dados e contatos, para iniciar o processo de construção do elenco em tempo recorde. Buscando um perfil parecido com Caio Junior e Guto Ferreira, dois últimos comandantes do time, veio Vágner Mancini, de 50 anos, que apareceu para o Brasil quando comandou um desacreditado Paulista de Jundiaí ao título da Copa do Brasil. Diante das opções do mercado, foi uma decisão acertada, já que é um nome que foge daquela lista de nome ultraconhecidos e, em alguns casos, ultrapassados e com experiência suficiente para assumir esse desafio. Em poucos dias de trabalho, conseguiu colocar o time em campo com um mínimo de organização, o que é louvável para um trabalho que começou do zero.

O time montado, que vai enfrentar uma lista enorme de competições em 2017, tem muito do perfil da Chape de outros anos: sem grandes medalhões, muita pesquisa no mercado (nomes que estavam na "mira" dos dirigentes que se foram acabaram vindo) e aposta na juventude. Contando com ajuda extra de outros clubes solidários à situação, o clube foi se formando, com a experiência do atacante Wellington Paulista, a força do zagueiro Douglas Grolli, a aplicação do volante Andrei Girotto e a velocidade do atacante Rossi, que impressionou bastante o treinador. Num primeiro momento, a barreira é o entrosamento. Passada esta etapa, dá pra dizer que o trabalho foi bem feito em tempo curto.

A Chapecoense, que enfrentará uma Libertadores em março, entra no Estadual com plena condição de brigar pelo título, embora sem a superioridade evidente do ano passado, quando o time foi campeão com absoluta justiça. Encarando a situação de outra forma e a bem grosso modo, esse processo de remontagem não é novidade: basta imaginar aqueles times rebaixados que acabaram refazendo todo o elenco. De maneira forçada, e não do jeito que queríamos, a Chape teve que fazer isso. Pode até ter dificuldades no primeiro turno, mas tem elenco e possibilidade de chegar a decisão e defender o seu título conquistado por muitos que não estão mais entre nós.


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