Chapecoense vence um Avaí sem inspiração, no jogo que o juiz quis aparecer

Frederico Tadeu / Avaí FC
Um passo enorme para o título. Com um gol de Luiz Antônio, a Chapecoense está muito próxima de levar mais um Estadual em uma partida que teve polêmica causada pelo "showman" Héber Roberto Lopes.

Infelizmente, temos que falar de arbitragem. Mas o torcedor avaiano não pode se agarrar nisso para analisar ou até justificar a derrota. Faltou inspiração, principalmente no segundo tempo, e o técnico Claudinei Oliveira, em uma troca, tirou o que poderia ser o diferencial diante de uma situação adversa. A saída de Marquinhos matou o time e faltou poder de reação.

Vamos falar das expulsões: Capa, como jogador profissional que é, deve saber que é um risco deixar o cotovelo em uma disputa de bola. Ainda mais deixando ele tão em cima, no rosto do seu marcador. Aí, você joga a decisão na consciência do árbitro, que pode não dar nada ou exagerar. Aconteceu o pior, e o time sentiu. Vinte minutos depois, Héber compensou e expulsou Girotto em um lance mais leve. No meio desse tempo, a Chape fez 1 a 0.

Mas havia muito jogo pela frente, e o Avaí tinha tempo para empatar e talvez virar. A saída de Marquinhos foi criticada pelo próprio, e eu assino embaixo: mesmo se for pra recompor a marcação ainda no primeiro tempo, você não pode tirar o craque do time, o cara que pode decidir em uma bola parada ou jogada individual numa situação complicada, ainda mais em final. Além do mais, a opção pelo desconhecido Maurício Tomazi, em plena decisão, é bastante questionável. Antes Claudinei Oliveira tivesse tirado Rômulo, onde o dano seria bem menor. 

A Chapecoense, que tinha o regulamento para si, entrou em campo para administrar e saiu lucrando com o placar a favor. Luiz Antonio aproveitou um buraco entre as linhas de marcação avaianas para fazer o gol, e a partir daí tratou de gastar o relógio e esperar o apito final. Faltou ao Avaí algumas doses a mais de vontade e, principalmente, qualidade de finalização. O final da partida reservou várias oportunidades, com conclusões bem abaixo da média. É obrigatório reconhecer a superioridade técnica.

Agora, o Avaí terá que juntar os cacos e conversar muito (Marquinhos esbravejou contra o técnico no fim da partida e isso vai repercutir a semana toda), para tentar a partida perfeita em Chapecó para fazer os dois gols de diferença. E tem que ser um jogo de excelência, onde Marquinhos terá que jogar como nunca, o time terá que suprir a falta de Capa na ala esquerda e, principalmente, ficar de olho na linha de contra-ataque da Chape, sempre à espreita esperando um golpe fatal.

Tecnicamente o jogo foi decepcionante, mas a Chapecoense não quis trocar chumbo e o Avaí ficou devendo em futebol. Vamos aguardar a decisão.




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