Libertadores com final única, jamais

A Conmebol está empenhada em transformar a Libertadores em Champions League.

Pensa em fazer final em jogo único. Antes, poderia se preocupar em organização, segurança nos estádios, punições mais justas. Enquanto estádios sulamericanos tiverem que contar com policial com escudo ou com funcionário segurando guarda-sol para proteger cobrança de escanteio, o torneio está bem longe de virar padrão.

Vamos ao assunto da final em jogo único. Neste ano, a Liga dos Campeões realizou sua final em Cardiff, no País de Gales. Na tarde do jogo, milhares de torcedores tomaram um trem-bala de Londres para o local do jogo. De lá, muita gente veio da França, através do Eurotúnel. Por via aérea, sobram opções para os principais aeroportos do planeta, com centenas de companhias para todos os gostos.

Agora, imagine uma decisão entre um clube brasileiro e um argentino em Lima, capital do Peru. Não há uma ligação terrestre fácil, não existe uma gama tão grande de voos para lá, assim como os preços não são nada convidativos. Dificilmente o estádio contaria com torcedores dos times. Seria jogar para uma plateia de neutros que oportunamente escolheriam os times pra torcer.

Se fosse final com dois brasileiros, então, o contrassenso é maior ainda.

Tem coisa que não dá pra copiar. A América do Sul não conta com a logística avançada que a Europa tem. Não seria fácil pra vender, nem pra levar os torcedores. Ideia pra se esquecer.

Em alguns aspectos dá pra tentar copiar a Europa. Outras, melhor deixar assim. Temos mais vocação pra cimentão do que cadeira de Arena.

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