11/09 - Avaí comprometido, Chape sem comando

Avaí FC
O final de semana marcou a saída do Avaí da zona de rebaixamento do Brasileirão. A campanha do returno é de respeito, mostrando que Claudinei Oliveira conseguiu, trabalhando pesado, fazer um elenco limitado render o máximo possível para conquistar, nos últimos cinco jogos, 11 pontos em 15 possíveis. A defesa vem sendo o ponto forte, com um Betão em ótima fase comandando um setor que só tomou um gol neste mesmo período.

Se o futebol é momento, ta aí uma grande oportunidade para pontuar ao máximo, aproveitar-se das limitações de adversários que não se encontram (como a Chapecoense) e tentar guardar uma gordura para as emocionantes rodadas finais. Se chegar aos 43 ou 44 pontos antes, tá ótimo.

ENQUANTO ISSO...

A Chapecoense não se acha. Perdeu mais uma em casa, agora para o Cruzeiro, e demora demais para tomar uma atitude. Depois de cometer um erro enorme demitindo Vagner Mancini, o clube insiste em Vinicius Eutrópio, vê os números piorarem e, até agora, não propôs uma solução (uma reunião aconteceu a portas fechadas após o jogo, capaz de ter novidade na segunda).

A proposta de jogo de Eutrópio até deu sinais que poderia encaixar em algumas partidas, mas agora voltou a índices negativos. O time é desorganizado, não parece conseguir estruturar jogadas, o tempo passa e o desespero aumenta. A declaração de Rui Costa, "colocando a mão no fogo" que o time não cairá soa como o "termo de compromisso" feito pelo Figueirense no ano passado.

O presidente Maninho, que ouve reclamação da torcida por onde anda em Chapecó, precisa tomar uma atitude. Se não, não será só a mão de Rui que vai se queimar com a torcida.

8x1 ENGANOSO

O placar impressiona, mas o resultado não. O Joinville, com todos os seus problemas, enfrentou um Mogi arrebentado, devendo um monte, que só entrou em campo para encerrar o campeonato. A vitória viria de qualquer jeito. E mesmo enfrentando um time em frangalhos, o JEC conseguiu tomar um. Não classificou, e o insucesso não foi sacramentado ali.

O JEC tem o melhor ataque da Série C e o artilheiro, mas foi o segundo pior visitante, apenas à frente do Mogi. Pingo, que veio como esperança de salvação por ser da cidade e ter um vínculo mais próximo, decepcionou. Setoristas argumentam que ele treina pouco e conversa muito. Imagino que a reestruturação do clube passará por uma análise da sua permanência. É fato que ele só deu certo no Brusque, numa pressão bem menor. No Avaí em 2014, e agora no JEC, a decepção foi grande.

Agora, o tricolor terá que jogar a Copa SC para terminar a temporada, contra Inter de Lages, Brusque  e Tubarão. Vai jogar em casa pra cerca de mil pessoas, num clima de decepção profunda, marcada pela invasão do ônibus por parte de um torcedor.

Hora de reexaminar tudo. O presidente já avisou que não sai, e a dívida é grande. Não consigo enxergar uma saída satisfatória diante do cenário atual. A não ser que apareça um fato novo, como alguém que injete dinheiro e uma administração mais profissional.


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